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CBG diz que Jade competiu por não reclamar de dores

Por Evandro Fadel
Atualização:

A direção da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) garantiu nesta sexta-feira, em Curitiba, que em nenhum momento foi escondido de Jade Barbosa, a lesão que ela tem no punho direito, diagnosticado pelo departamento médico da entidade, em janeiro, como osteonecrose (necrose causada pela falta de irrigação sanguínea adequada) no capitato (osso central do punho). A supervisora da CBG, Eliane Martins, disse que a primeira reclamação da atleta sobre o problema foi feita em dezembro do ano passado, em uma competição em Foz do Iguaçu. Em janeiro, ela voltou a sentir as dores. Os exames feitos em 15 e 17 de janeiro confirmaram a osteonecrose. Segundo o diretor do Departamento Médico da CBG, Mário Namba, esse problema é raro na medicina. "Não há consenso sobre o que é melhor fazer, se um tratamento conservador ou cirúrgico", acentuou. Ele optou pela fisioterapia, utilização de analgésicos e antiinflamatórios, aplicação de gelo, acompanhamento clínico e dois meses de moderação na parte física. As cargas de trabalho foram aumentadas progressivamente. "Em nenhum momento ela se queixou e foi liberada para as competições", afirmou Namba. A Confederação garantiu que a única reclamação aconteceu após uma competição em Roma, no dia 5 de julho, último ato antes da Olimpíada em Pequim. "Fui vê-la em sua residência à noite e senti um pequeno aumento de volume e uma diminuição de movimento", disse Namba. Ele receitou repouso da articulação e medicamento. Logo depois, a equipe viajou para o Japão para a preparação olímpica e Jade não teria reclamado mais. Em Pequim, o médico também ressaltou não ter recebido qualquer reclamação por parte de Jade de que houvesse um mínimo sinal de dor. Ela acabou indo para duas finais e conquistou um 7º lugar no salto e um 10º lugar no individual geral.

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