Publicidade

César vai ao pódio do salto ornamental

Ele ainda festeja o ouro no trampolim na Austrália, em janeiro deste ano, onde obteve a melhor pontuação de sua carreira

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

As primeiras medalhas pan-americanas do Brasil nos saltos ornamentais só vieram em 2003, em São Domingos: Juliana Veloso e Cassius Duran foram prata na plataforma de 10 metros e Juliana ainda levou o bronze no trampolim de 3 metros. Agora, no Rio, César Castro, de 24 anos, do Colégio Mackenzie de Brasília, é a maior esperança brasileira na modalidade. No dia 12, conquistou o ouro no trampolim de 3 metros no Aberto da Austrália com a melhor pontuação da carreira, 493 pontos - em um dos saltos, recebeu três notas 10. ?Meu objetivo é terminar entre os três melhores. Se 1.º, 2.º ou 3.º vai muito do dia. O nível dos participantes está bem próximo?, diz César. Entre os principais adversários, avalia César, estão o vice-campeão olímpico e campeão mundial em Montreal em 2005 Alexander Despartie, do Canadá, e Troy Dumais, dos Estados Unidos, vice-campeão mundial. ?O César foi quarto no Pan de São Domingos por falta de experiência. Hoje, está mais maduro, é o sexto do ranking mundial, bateu seu recorde de pontos em janeiro, tem boas possibilidades de medalha?, explica o técnico Ricardo Moreira. Alice Kohler, diretora de saltos ornamentais da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, lembra que há outros atletas em condições de chegar às finais do Pan. ?Diria que temos uma equipe madura, não em ascensão. Juliana Veloso, Cassius Duran, Hugo Parisi e Ubirajara Barbosa são exemplos de saltadores de nível elevado.? Segundo Alice, alguns dos maiores saltadores do mundo estão nas Américas. ?No Canadá, Estados Unidos, México e Cuba. Fora eles, só os chineses vencem mais competições.? Há consenso de que o salto ornamental no Brasil cresceu bastante após a chegada do técnico cubano Francisco Ferrer Matos. O atual treinador de César é discípulo de Ferrer. ?É um esporte com características particulares?, diz Alice. ?Entre mil crianças de 7 e 8 anos, Ferrer selecionou 20 que tinham o biótipo ideal para praticá-lo.? César Castro comenta que faz falta no Brasil um recurso que poderá ajudar bastante os saltadores. ?É um equipamento que expele ar comprimido no fundo da piscina, capaz de reduzir entre 60 e 70% os efeitos do impacto na água. Daria mais coragem e possibilidades de evolução para os iniciantes, porque sentiriam menos dores.? A equipe brasileira de saltos para o Pan ainda não está definida. A partir de terça, no Rio, serão feitas duas seletivas. A definitiva será em abril, no Troféu Brasil. Os saltadores competem no trampolim de 3 metros (individual e sincronizado) e na plataforma de 10 metros (individual e sincronizado), no masculino e no feminino.?

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.