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Chama olímpica volta a brilhar na Grécia

Por Agencia Estado
Atualização:

Exatamente ao meio-dia (7 horas de Brasília), a chama olímpica voltou a brilhar no templo de Hera, na cidade de Olímpia. Revivendo um ritual secular, a atriz Thalia Prokopiou, como grande sacerdotisa, vestindo túnica branca, invocou a luz sagrada de Apolo e usou os raios do sol para acender a tocha olímpica, que em seguida iniciou, pela primeira vez na história dos Jogos, uma jornada de 78 mil km por cinco continentes. "Apolo, deus do sol e deus da idéia da luz, envie-nos seus raios para acender a tocha para Atenas", pediu Prokopiou nas arqueológicas ruínas de Olímpia, berço dos Jogos. O arremessador do dardo Costas Gatsioudis, prata no Mundial de Atletismo de Sevilha, deu início à única corrida de revezamento do mundo a misturar atletas de elite, dirigentes e estrelas de cinema - como o presidente do COI, Jacques Rogge, e a atriz Angelina Jolie. No dia 31, depois de percorrer 365 km pela Grécia, a tocha chegará ao Estádio de Mármore, o Panatinaiko. Em 4 de junho, partirá para a Austrália. Para Gianna Angelopoulos, presidente do Comitê organizador dos Jogos de Atenas, a corrida de revezamento da tocha, que passará perto de zonas de conflito, nunca foi tão importante. "O simbolismo da chama olímpica - paz, trégua, segurança, fraternidade, cooperação - tem um grande significado." Apesar da cerimônia de acendimento da tocha olímpica ser genuinamente antiga, a corrida de revezamento, com término no estádio da cidade-sede, é invenção do alemão Carl Dieme, coreógrafo dos Jogos de Berlim, em 1936, que baseou sua criação em desenhos e escritos do historiador Plutarco. A novidade foi um sucesso e passou a integrar definitivamente os Jogos Olímpicos a partir da Olimpíada de Helsinque, em 1952. O suspense em torno da forma como a pira olímpica foi acesa, na cerimônia de abertura, também tornou-se ingrediente obrigatório dos Jogos. Em Los Angeles, em 1984, a tarefa coube a um homem-foguete. Em Barcelona, em 1992, a uma flecha disparada por um arqueiro (apesar de ter errado o alvo). Em 96, em Atlanta, Muhammad Ali acendeu a pira com as mãos trêmulas em razão do Mal de Parkinson.

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