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Chambers volta a treinar com cérebro do caso Balco

Velocista britânico utilizará câmara que simula altitudes elevadas para melhorar oxigenação do sangue

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Por AE-AP
Atualização:

O velocista Dwain Chambers revelou nesta quinta-feira que está trabalhando novamente com Victor Conte, o proprietário do laboratório Balco, que foi o epicentro de um escândalo de doping que envolveu dezenas de atletas nos últimos anos com o desenvolvimento de substâncias dopantes. Desta vez, porém, não se trata de nenhuma substância, e sim um treino especial, numa câmara que simula altitudes elevadas, para estimular o sangue a aumentar sua capacidade de absorção de oxigênio. "Isso me permite aumentar a cara de treinamento com níveis menores de ácido lático e maior oxigenação dos músculos. É uma vergonha que não soubéssemos disso há cinco anos", afirmou Chambers, que foi campeão europeu indoor dos 60 metros rasos no fim de semana. O equipamento se chama AltoLab Altitude Simulator, e está dentro das regras da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). Em 2003, Chambers foi o primeiro atleta envolvido com a Balco a ser flagrado. Cumpriu dois anos de suspensão e, em autobiografia lançada nesta semana, admitiu ter tomado mais de 300 combinações de drogas ilegais antes de ser pego no exame antidoping. Outros atletas foram pegos em seguida e tiveram prêmios, medalhas e recordes cassados, caso dos velocistas americanos Marion Jones e Tim Montgomery e do astro do beisebol Barry Bonds. Conte cumpriu quatro meses de prisão, e disse que continuará trabalhando com esporte. "Esse método já servia para provas de longa distância, e ninguém havia pensado em aplicá-lo com velocistas", explicou. Chambers, por sua vez, disse que não vê motivos para não voltar a trabalhar com Conte. "Eu sei perdoar, e não o culpo por nada que tenha ocorrido. Fui eu que arruinei minha carreira, e ninguém mais", declarou o velocista.

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