Chefe da delegação: hotel tentou abafar furto

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Por Silvio Barsetti e Luiz Antônio Prosperi
Atualização:

O Centurion Lake Hotel, que hospedou a seleção brasileira na semana passada em Pretória, tentou abafar o furto ocorrido nos quartos do jogador Kléber e do fisioterapeuta Odir Carmo, incidente que veio a público num desabafo do técnico Dunga. O relato foi feito pelo coronel Antônio Carlos Nunes de Lima, chefe da delegação da CBF na África do Sul. Nunes estava numa loja do Shopping Nelson Mandela, o mais badalado de Johannesburgo, com outros dois integrantes do staff da seleção, e não se deu conta da presença da reportagem do Estado. No momento em que avistou um amigo brasileiro no mesmo local, o coronel contou o que houve, em voz alta. "Você soube de lá do Centurion? Levaram mil euros de dentro da mala do Odir e depois o hotel entregou um envelope com 200 dólares para ele", disse o coronel, sentado próximo ao caixa. "Queriam que o caso se encerrasse ali. Mas a gente fez o Odir devolver o envelope com os dólares." O Estado confirmou essas informações com uma fonte da CBF, irritada com a indiscrição do coronel. A entidade não divulgou os valores furtados. Odir ficou sem 1 mil e uma jaqueta. Kléber teve prejuízo de US$ 300. "O meu dinheiro também estava na mala", disse o lateral, após o treino de ontem. Por meio de contato por telefone, o Centurion não quis se pronunciar sobre o assunto. A CBF queixou-se com a direção. "O hotel vai ter que devolver tudo, é o que queremos", disse Nunes, ainda à espera da nota fiscal referente a suas compras. Anteontem, o coronel Nunes apontou falhas no país e desaconselhou os brasileiros a viajarem para a África do Sul durante a Copa do Mundo. Uma nota oficial da CBF o desautorizou a fazer comentários em nome da entidade.

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