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Chibana dá show, leva ouro, mas judô fracassa em sua meta no Pan

País queria medalha com todos atletas, mas Alex Pombo perdeu

Por Paulo Favero
Atualização:

O Brasil perdeu o 100% de aproveitamento dos pódios no judô nos Jogos Pan-Americanos de Toronto e deu adeus à sua meta na competição. Neste domingo a seleção conquistou mais duas medalhas para o Brasil, com Charles Chibana (ouro) e Rafaela Silva (bronze), mas deixou escapar uma com Alex Pombo. "Eu esperava mais, porém numa competição assim nunca é fácil vencer", explicou Luiz Shinohara, técnico da seleção masculina. Assim, já no segundo dia de disputas no Canadá, a delegação brasileira de judô já sabe que não vai atingir o objetivo que era conquistar medalha em todas as categorias. No máximo vai poder igualar as 13 medalhas obtidas no Rio e em Guadalajara. Entre os homens, já tem campanha pior do que há quatro anos, quando foi a todas as finais e ganhou seis de ouro. Para Chibana, que conquistou o ouro do dia, não é fácil ganhar medalhas em competições internacionais. "Aprendi que o importante é estar sempre no pódio. Todos se esforçam bastante. A modalidade vem crescendo mundialmente e não tem judoca bobo", afirmou, vibrando com seu feito. "Estou muito feliz pela medalha e queria dedicar para essa torcida maravilhosa."

Charles Chibana não tomou conhecimento de seus adversários no Pan, levando o merecido ouro Foto: Julio Cortez/AP

Sexto do ranking mundial (para o qual o Pan não conta pontos), Chibana chegou à final da categoria até 66kg ao superar Gustavo Lopez, de El Salvador, e Sergio Mattey, da Venezuela. Na decisão, encarou o canadense Antoine Bouchard e venceu. "Como sou o menor da minha categoria, tenho de me movimentar bastante. Na verdade ele já é conhecido por mim. Então fiquei esperando o erro para entrar com o golpe", comentou. O judoca brasileiro, inclusive, ganhou todas as suas lutas por ippon. Ele conta que não gosta de ficar amarrando os combates. "Eu sempre gosto de um judô mais clássico, não gosto de ficar levando a luta na base da punição. A torcida gosta de show e eu tento fazer um judô mais aberto, claro que usando a cabeça para não ser surpreendido." Rafaela Silva, por sua vez, decepcionou e ficou com a medalha de bronze. Campeã mundial de 2013 e favorita a estar pelo menos na decisão do ouro, ela começou vencendo a argentina Gabriela Narvaez, mas no combate seguinte foi surpreendida pela canadense Catherine Beauchemin-Pinard, de apenas 21 anos, nona colocada do ranking mundial e contra quem nunca havia lutado em competições internacionais. Na disputa de um lugar no pódio, a brasileira ganhou da venezuelana Anriquelis Barrios. Entre os homens até 73kg, Alex Pombo, 12.º do mundo, bateu Juan Rosa, de El Salvador, mas depois perdeu para Alejandro Clara, da Argentina, que ocupa um irrisório 66.º lugar no ranking mundial. Na disputa do bronze, ele perdeu mais uma, desta vez para o canadense Arthur Margelidon (30.º do mundo), a quem venceu na semifinal do Campeonato Pan-Americano, e ficou sem medalha na competição em Toronto. Nesta segunda-feira, o Brasil vai em busca de mais quatro medalhas no judô, a partir das 16h05 (horário de Brasília). O País estará representado por Mariana Silva (até 63kg), Maria Portella (até 70kg), Victor Penalber (até 81kg) e Tiago Camilo (até 90kg).

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