O COB (Comitê Olímpico do Brasil) abriu mão de parte do acervo dos Jogos Rio-2016. Em carta enviada ao COI (Comitê Olímpico Internacional), o órgão anunciou a decisão de rescindir o contrato que determinava que cabia a ele cuidar de documentos, publicações, sites, sistemas tecnológicos e arquivos multimídias relativos ao evento. O comitê alega não ter recursos financeiros para administrar esse tipo de material.
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“Esses ativos foram fornecidos ao Comitê Olímpico do Brasil com o objetivo de, entre outros, preservar e conceder acesso ao material de arquivo da Rio-2016 para o estabelecimento do legado olímpico, realização e promoção das ideias do movimento olímpico no Brasil através de atividades não comerciais acessíveis ao público e destinadas a pesquisas e estudos”, diz nota enviada pelo COI ao Estado.
Após a decisão do COB de não ficar mais com essa parte do acervo da Rio-2016, o COI está agora em busca de entidades e instituições interessadas na preservação da história do evento. O COI tenta encontrar parceiros “com o objetivo de contribuir para a promoção do olimpismo, dos valores olímpicos e do movimento olímpico.”
O COB resolveu ficar apenas com a parte da memorabilia do acervo da Rio-2016 (produtos licenciados, medalhas e tochas, entre outros). Uma museóloga do comitê está fazendo o cadastro do acervo, que possui cerca de 5.500 peças. O material está atualmente na sede do COB, localizada na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio. No ano passado, algumas peças da Rio-2016 chegaram a ser expostas pelo COB durante os Jogos Escolares da Juventude, como tochas, medalhas, moedas, mascotes, selos e pins.