Coe diz que novo escândalo atinge imagem do atletismo

Entidade está investigando as acusações apresentadas por um canal de televisão alemão sobre uma esquema de doping na Rússia

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Por Redação
Atualização:

As últimas acusações de doping no atletismo são tão prejudiciais para o esporte como os escândalos envolvendo Ben Johnson e Marion Jones, disse Sebastian Coe, vice-presidente da Associação Internacional de Federação de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), neste domingo, 14.

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"Em 40 anos ou mais no atletismo, houve grandes momentos. Ben Johnson em 1988, Marion Jones, isto está no topo e ninguém está sugerindo remotamente que essas acusações não são graves", disse o ex-atleta britânico em entrevista à BBC.

A entidade que comanda o atletismo está investigando as acusações apresentadas por uma TV alemã sobre uma esquema de doping na Rússia. Dois funcionários da IAAF deixaram seus cargos, enquanto a investigação ocorre.

"Pode ser descrito como uma semana ruim para o atletismo", disse Coe, que recentemente se declarou candidato à presidência da IAAF. "Eu iria mais longe, vem sendo uma semana medonha. Nenhum de nós deve esconder ou fugir disso. Nós temos que olhar esse triste episódio de mau gosto e todas as acusações o mais rápido que pudermos".

Ben Johnson deu positivo em um exame antidoping depois de vencer a prova os 100 metros na Olimpíada de 1988 em Seul. Marion Jones teve retiradas as suas cinco medalhas de ouro olímpicas em 2007, após admitindo o uso de substâncias que melhoraram o desempenho durante a sua carreira.

Segundo o canal de TV alemão ARD, a IAAF não avaliou 150 amostras de sangue suspeitas de 2006 a 2009. Coe disse que não tem conhecimento da lista e pediu para a TV apresentar mais informações sobre o caso.

"A resposta simples é que eu não sei, a IAAF não sabe o que esta lista contém e se é uma lista que tenha qualquer veracidade", disse Coe. "A proposta que fazemos como uma federação é que se houver mais informações, se este jornalista alemão sente que há uma lista, ou o que ele a tem, por favor deixe-nos saber o que é".

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A IAAF e da Agência Mundial Antidoping abriram investigações após a atual campeã olímpica dos 800 metros. Maria Savinova, admitir a utilização do esteroide proibido oxandrolona. Dona de três títulos da Maratona de Chicago, Liliya Shobukhova também relatou ter pago 450 mil euros (aproximadamente R$ 1,49 milhão) para evitar uma suspensão por doping.

Citado nas denúncias, Papa Massata Diack, filho do presidente da IAAF, Lamine Diack, suspendeu suas atividades como consultor de marketing da entidade, durante as investigações dos casos de doping no atletismo da Rússia. Valentin Balakhnichev, membro da IAAF e presidente da Federação de Atletismo da Rússia também se afastou de suas atividades.

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