COI espera aprovar mudanças para renovar os Jogos Olímpicos

Comitê Executivo votará a 'Agenda 2020' na segunda, em Mônaco, com novas propostas para as candidaturas e o programa esportivo

PUBLICIDADE

Por KAROLOS GROHMANN
Atualização:

Quando os membros do Comitê Internacional Olímpico (COI) votarão as 40 recomendações para mudar o jeito que os Jogos são sediados e administrados, na semana que vem, eles dirão “sim” para a maior reformulação da história da Olimpíada em décadas. A ideia por trás das recomendações que o presidente do COI, Thomas Bach, tem buscado desde que assumiu o cargo em setembro de 2013, é dar uma vida nova para o maior evento multiesportivo do mundo, que perdeu grande parte do seu brilho nos últimos anos.

Thomas Bach, presidente do COI, que mostrar abertura na entidade Foto: Jean Christophe Bott/AP

O fato de apenas duas cidades terem se candidato para sediar os Jogos de Inverno de 2022, após quatro terem retirado suas candidaturas por preocupações financeiras ou falta de apoio público, é uma prova clara da necessidade de se repensar o conceito da Olimpíada.  Os crescentes custos, que chegaram a impressionantes US$ 51 bilhões (R$ 132 milhões) na Olimpíada de Inverno de Sochi, na Rússia, este ano, tornaram difícil para que as cidades vejam as vantagens potenciais de sediar os Jogos. Um complexo sistema que administra o programa esportivo dos Jogos e que quase não permite que novas modalidades apareçam em uma Olimpíada também tem se provado obsoleto, segundo Bach. Então, os mais de 100 membros do COI que participarão da sessão em Mônaco, na segunda-feira, devem endossar a “Agenda 2020”, que muda o processo de candidatura das sedes olímpicas, o programa esportivo, criará uma transmissora de TV olímpica e tornará os Jogos mais baratos, entre outras modificações. O COI quer atrair mais cidades para o processo de candidatura, buscando deixá-lo mais flexível e mais em linha com os próprios planos das cidades para o futuro. Bach disse que deve ser “mais como um convite” e não como uma proposta de leilão, em que o COI exige que as cidades cumpram seus critérios. Atualmente, cidades concorrentes gastam até US$ 100 milhões (R$ 259 milhões) por uma campanha de dois anos. “Queremos mostrar, com este procedimento, que o COI está se abrindo, que estamos abrindo uma janela e queremos ter ventos novos entrando”, disse Bach.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.