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COI faz reprimenda a Hayatou e adverte Diack por caso ISL

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Por KAROLOS GROHMANN
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O chefe da federação internacional de atletismo, Lamine Diack, recebeu uma advertência e o presidente da Confederação Africana de Futebol, Issa Hayatou, levou uma reprimenda do Comitê Olímpico Internacional (COI), nesta quinta-feira, por terem recebido dinheiro de uma extinta agência de marketing esportivo que está centro de um escândalo internacional de corrupção. O brasileiro João Havelange, que foi presidente da Fifa de1974 a 1998 e membro do COI por 48 anos, renunciou dias atrás a sua vaga no COI e o comitê arquivou a investigação sobre seu suposto envolvimento no mesmo caso. Ao lado de Hayatou e Diack, Havelange, de 95 anos, estava sob investigação do COI por suas supostas ligações com a antiga agência de marketing da Fifa, ISL. As acusações de corrupção incluem outros dirigentes, entre eles o presidente da Confederação Brasileira de Futebol e chefe do comitê organizador da Copa de 2014, Ricardo Teixeira. Os dois brasileiros também são alvo de uma investigação da Fifa sobe o mesmo caso ISL. Uma reportagem da BBC em 2010 disse que Havelange e Teixeira receberam pagamento de suborno da agência para garantir lucrativos contratos de publicidade da Copa do Mundo. Diack e Hayatou admitiram à comissão de ética do COI que receberam pagamentos da ISL em 1993 e 1995, respectivamente, mas isso não constituiu suborno, segundo o veredicto do COI. A ISL faliu em 2001 com dívidas de 300 milhões de dólares. Nem Diack nem Hayatou eram membros do COI quando tiveram envolvimento com a ISL, e a decisão desta quinta-feira não afeta suas atribuições no comitê olímpico. Documentos do COI revelaram que o senegalês Diack disse ao COI que recebeu três pagamentos totalizando 30 mil dólares, e mais 30 mil francos suíços, da ISL "para arcar com os custos causados por um incêndio em sua casa em 13 de março de 1993". Hayatou, de Camarões, disse que recebeu 100 mil francos suíços da ISL em 1995 para o 40o aniversário da Confederação Africana de Futebol. O último membro do COI a receber uma reprimenda antes disso foi o presidente da Federação Internacional de Hóquei no Gelo, René Fasel. Considerou-se em 2010 que ele quebrou com regras éticas em um caso envolvendo os direitos de transmissão da federação. (Reportagem de Karolos Grohmann)

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