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COI pode adiar acordo sobre direitos de TV nos EUA

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Por KAROLOS GROHMANN
Atualização:

O Comitê Olímpico Internacional (COI) preparou um orçamento austero para 2009 devido à crise financeira global, e pode adiar o acordo pelos direitos de televisão nos Estados Unidos para os Jogos de 2014 e 2016 até o final do ano que vem. O COI ainda não definiu o acordo de transmissão para o mercado norte-americano dos Jogos de Inverno de 2014 -- que serão em Sochi, na Rússia-- e dos Jogos de Verão em 2016 por causa da crise global de crédito. Tóquio, Rio de Janeiro, Madri e Chicago são as candidatas a sediar os Jogos de 2016. A decisão sairá em outubro do ano que vem. Richard Carrion, membro do COI e negociador-chefe dos direitos de transmissão, disse nesta quarta-feira que o acordo para o mercado norte-americano, o mais importante contrato de televisão do COI, deve acontecer após a escolha da cidade-sede. Ele disse que os candidatos em potencial também preferem dessa maneira. "Eu não vejo a gente indo atrás disso rapidamente, porque todos os prognósticos que estamos vendo mostram que a publicidade vai diminuir", disse Carrion a repórteres. "O clima agora é negativo para a economia. Sim, elas (redes de transmissão) sempre preferem esperar." Carrion disse que a escolha da cidade sede pode ser uma vantagem nas negociações, principalmente se a opção for por Chicago. "Poderia, já que isso tira parte da incerteza e pode trabalhar a nosso favor", disse. A maior fonte de receita do COI são os direitos de transmissão, que chegam a quase 4 bilhões de dólares só para os Jogos de 2010 e 2012. Para o mesmo período, espera-se o aporte adicional de 1 bilhão de dólares dos principais patrocinadores. A NBC, que concordou em 2003 a pagar cerca de 2,2 bilhões de dólares por esse período, terá que fazer uma oferta para o quadriênio seguinte. "Com certeza esperamos ver a NBC de volta (ao processo de negociação)", disse Carrion. Segundo reportagens, muitas outras redes norte-americanas, como Fox, ESPN e ABC, estão estudando ofertas. Carrion disse que a crise financeira não afetou seriamente o COI, porque a maior parte do patrocínio e dos acordos de transmissão futuros já estava assinada. "Se você olhar, nossas fontes de receita estão bem colocadas. A situação financeira é sólida, e isso nos dá a capacidade de esperar", disse.

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