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COI volta atrás e proíbe delatora do doping da Rússia de disputar a Olimpíada

Se o atletismo da Rússia está fora dos Jogos Olímpicos do Rio, muito é graças a Yuliya Stepanova. A corredora de 800m foi quem delatou o esquema, recebendo, em troca, o sinal verde para disputar a Olimpíada como atleta independente. Neste domingo, entretanto, o Comitê Olímpico Internacional (COI) voltou atrás e avisou que ela não poderá competir no Rio.

Por Agência Estado
Atualização:

A postura vem junto com a decisão do COI de não permitir a participação, nos Jogos do Rio, de atletas russos que já foram punidos por doping, mesmo que já tenham cumprido suspensão.

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"Embora seja verdade que o testemunho público e as declarações da Stepanova contribuíram para a proteção e a promoção dos atletas limpos, do fair play e da integridade e autenticidade do esporte, as regras da Carta Olímpica relacionadas com a organização dos Jogos Olímpicos vão contra o reconhecimento do estatuto de atleta neutro", explicou o COI.

Inicialmente, Stepanova participaria do Rio-2016 competindo sob a bandeira com os anéis olímpicos. O problema é que essa solução deve atender apenas atletas de países com problemas diplomáticos - como os soviéticos em 1992, após o fim da União Soviética.

Ela só poderia disputar a Olimpíada competindo sob a bandeira da Rússia, mas o próprio COI proibiu atletas russos que já foram punidos por doping. "A sanção a que ela foi sujeitada e as circunstâncias em que ela denunciou as práticas de doping que ela mesma havia utilizado não satisfazem os requisitos éticos para um atleta entrar nos Jogos Olímpicos", argumenta o COI.

A participação de Stepanova era vista como um incentivo a delações de esquemas de doping. Agora, o veto fez até a Agência Antidoping dos Estados Unidos reclamar publicamente, chamando a decisão de "incompreensível" e afirmando que isso irá deter novos delatores.

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