Coleman supera desconfiança para ser o mais rápido do mundo e quer ouro olímpico

Quase suspenso por 12 meses pela Usada, norte-americano levou o ouro no Mundial de Doha neste sábado

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Aos 23 anos, o norte-americano Christian Coleman se tornou neste sábado o homem mais rápido do mundo ao vencer a prova dos 100 metros, a mais nobre do atletismo, do Mundial de Doha, no Catar. Com 9s76, conseguiu a sexta melhor marca da história, faturou o ouro na primeira vez que a competição não teve a presença da lenda jamaicana Usain Bolt, e ficou na frente do compatriota Justin Gatlin, que o derrotou há dois anos em Londres.

Só que tudo isso quase não foi possível para Coleman. Há um mês foi revelado que o velocista havia tido três faltas a seus testes antidoping, o que levou a Agência Americana Antidoping (Usada, na sigla em inglês) a abrir uma investigação, com uma ameaça de suspensão por 12 meses que frustraria os seus sonhos mundiais e olímpicos. Mas um erro na data de registro da primeira ausência fez com que no final ele não fosse suspenso.

Quase suspenso por faltar a testes antidoping, Christian Coleman supera suspeitas em Doha e agora sonha com o ouro em Tóquio-2020 Foto:

PUBLICIDADE

Agora Coleman, com duas faltas neste ano, não pode cometer outra antes do final de março de 2020, já que isso poderá deixá-lo sem disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, seu próximo grande objetivo. "Estou muito feliz, esse título era algo que eu estava buscando muito. Dedico essa medalha a todos os meus fãs e a todos os praticantes do nosso esporte. Agora é pensar em buscar isso na Olimpíada também", disse o norte-americano logo após a conquista em Doha.

"É muito perturbador saber que as pessoas dizem coisas e elas falam sem me conhecer pessoalmente. Mas neste momento já superei tudo isso", prosseguiu o norte-americano. "Não estou gastando muito tempo tentando explicar coisas para pessoas que não estão interessadas na verdade", completou.

Outra ameaça a Coleman, que no ano passado foi campeão mundial nos 60 metros em pista coberta em Birmingham, na Inglaterra, era o compatriota Noah Lyles, o segundo melhor do ano (9s86) nos 100 metros, prova na qual venceu a Diamond League em 2019, que preferiu não competir para centrar os seus esforços nos 200 metros. O agora mais rápido do mundo também estará nesta disputa.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.