A ameaça existe, mas São Paulo mantém a posição de não considerar a hipótese de perder a abertura da Copa do Mundo. Agora, é questão de honra. "É o nosso objetivo e vamos alcançá-lo. Não trabalho com o plano de fazer jogos pequenos"", disse ontem ao Estado o secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Jorge Pagura, também membro do comitê paulista.Apesar de decepcionado com a oficialização da perda da Copa das Confederações, Pagura acredita que as chances do jogo inaugural em 2014 continuam significativas, mas reconhece que é preciso resolver logo o "impasse financeiro"" em torno da arena de Itaquera.É uma opinião semelhante à do secretário especial de articulação para a Copa, Gilmar Tadeu Ribeiro Alves. "Não muda nada. A abertura sempre foi nosso foco principal.""Disse, também, não temer que Brasília vença a disputa. Mas sua justificativa não foi convincente. "Brasília nem se candidatou à abertura"", alegou. Não é verdade, a capital brasileira sempre pleiteou oficialmente receber a abertura do Mundial. E a Fifa dá sinais de inclinação pela cidade.Pagura não se surpreendeu com a escolha do Rio de Janeiro para sede do Centro Internacional de Transmissão (IBC). "Isso não considero uma derrota, pois a gente já sabia que o Rio seria escolhido. Na realidade, certo dia eu sobrevoei o Anhembi com o pessoal da Fifa e eles me deram essa pista, pois queriam conciliar com o fato de que o Rio também irá receber a Olimpíada de 2016"", revelou.Depois de se ver preterida em duas de suas reivindicações, São Paulo pretende intensificar a briga pelas outras duas: além da abertura, quer receber o Congresso Técnico da Fifa, que ocorrerá dias antes. "Um evento está diretamente ligado ao outro"", afirmou Pagura.