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Comitê Olímpico Internacional fará reunião para combater apostas ilegais

Presidente Jacques Rogge diz que assunto tem que ser tratado com a mesma seriedade que o doping

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Por AE-AP
Atualização:

LAUSANNE - O Comitê Olímpico Internacional (COI) se reunirá com governos e outras organizações interessadas em março as para discutir as apostas ilegais no esporte. Presidente do COI, Jacques Rogge, falando em um simpósio sobre o assunto nesta quinta-feira, disse que as apostas ilegais são uma ameaça que precisa ser encarada com a mesma "seriedade e unidade" que o doping e que o comitê está agindo para combater o problema. "Estamos fortalecendo os canais de comunicação com todas as partes", disse Rogge. "Obviamente, isto inclui simpósios como este e a primeira reunião do COI com o movimento esportivo, governos, organizações internacionais públicas e operadores de apostas esportivas em 1º de março." Rogge também comparou o doping com as apostas ilegais. "Enquanto o doping continua sendo a nossa ameaça número 1, fraudes de bilhões de dólares com as apostas envolvendo organizações criminosas e equipamentos de jogo sem licença são uma preocupação crescente", disse Rogge. "E este novo flagelo tem de ser combatido com a mesma seriedade e unidade com os quais estamos lutando contra o doping." Rogge também escreveu em um artigo de jornal que o COI está aumentando o seu esforço para combater as apostas ilegais. "Apostas ilegais ou irregulares possuem potencial enfraquecedor. Cada fato que vem à luz mina a confiança do esporte e pode levar a apatia do espectador e diminuir o público, audiência da TV e os patrocínios", escreveu Rogge. "Na pior das hipóteses, elas podem impedir as pessoas de participarem do esporte em um primeiro plano." Rogge também pediu para órgãos esportivos e os governos ao redor do mundo criarem legislações contra as apostas ilegais. "Nós estamos atualmente no processo de incentivar todos os nossos parceiros no Movimento Olímpico para adotar as regras que proíbem apostas em cada respectivo esporte", escreveu Rogge. "Sem elas, não há motivos para punir as fraudes", comentou. "O apoio dos governos também é primordial. Eles são os únicos com autoridade para criar um quadro jurídico em que a legalidade e a regularidade das apostas podem ter lugar." O COI criou um comitê para monitorar a ocorrência de apostas suspeitas nos Jogos Olímpicos. Rogge observou que não houve casos preocupantes nos últimos eventos. Se houver um caso suspeito, "abriremos um inquérito e as empresas de apostas passarão todas as informações necessárias sobre a aposta e o apostador para o COI. Felizmente, não tivemos que ativar este sistema no Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, ou em Vancouver, no ano passado", escreveu Rogge.

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