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Confederação de hipismo afasta rumores sobre Deodoro

Presidente faz duras criticas ao Ministério da Agricultura em teste

Por Ronald Lincoln Jr
Atualização:

O presidente da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), Luiz Roberto Giugni, fez críticas nesta sexta-feira ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em relação aos boatos de que o Complexo de Deodoro, local das provas da Olimpíada de 2016, estaria infectado por uma bactéria que causa a doença mormo em cavalos. O dirigente acompanhou o primeiro dia de disputas do evento-teste de hipismo que ocorre até domingo em Deodoro. Cerca de 500 cavalos da Vila Militar, onde fica o complexo esportivo, foram submetidos a exames para verificar se estavam contaminados com o mormo, doença que resulta no sacrifício dos animais. A responsabilidade pela segurança sanitária dos animais é do ministério, que recentemente informou ter isolado da área de competições os animais com suspeitas, para evitar contaminação. Mas apenas essa justificativa não agradou ao dirigente da CBH. "Acho que faltou um pouco de comunicação do Ministério da Agricultura sobre o mormo", considerou Giugni. "Os cavalos que estão sendo testados são da Vila Militar. Nunca houve casos de contágio na comunidade esportiva, isso eles precisavam explicar."

Evento teste inaugura o Centro de Hipismo de Deodoro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro Foto: Fabio Motta/ Estadão

Os atletas que participam da competição, válida como o Campeonato Brasileiro, também descartaram haver receio sobre contaminação. "O local está desinfetado há seis meses", explicou o cavaleiro Marcelo Tosi. "Todos os cavalos do evento disputam grandes competições e passam por exames a cada 60 dias. Estamos tranquilos." Sob forte calor, em torno de 30 graus, os atletas participaram do primeiro de três dias do CCE (concurso completo de equitação), que contém as disputas de adestramento, cross country e salto, respectivamente. A organização do evento ficou satisfeita com a operação, que visava a avaliar o piso da competição, a recepção ao público convidado, a arena, os voluntários, placares, entre outros quesitos. "Neste primeiro dia foi tudo bem. Recebemos um bom retorno da FEI (Federação Equestre Internacional)", contou o diretor de instalações do Comitê Rio-2016, Gustavo Nascimento. Membros de federações de outros países estiveram presentes no evento-teste para coletar dados para suas seleções.

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