Contrariado, Massa dá notícia a Rubinho

Piloto fica sabendo da decisão no hotel em Xangai

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Por Livio Oricchio
Atualização:

Rubens Barrichello, da Brawn GP, foi informado do veredicto do Tribunal de Apelos da FIA por Felipe Massa, da Ferrari, ontem em Xangai. "Rubinho, acabei de ler na internet que sua equipe ganhou o julgamento lá em Paris", disse Massa, contrariado por ser um dos maiores interessados na condenação da Brawn, ao amigo, torcedor contumaz da manutenção da legalidade do seu carro. "Eu estava na academia do hotel quando entrou o Felipe e me deu a notícia. A seguir, fui para o meu quarto verificar na internet a informação e percebi que havia também nos meus e-mails uma mensagem da Brawn GP", explicou Rubinho. "Na realidade, o resultado confirmou o que eu esperava. Se as coisas estivessem tortas, nosso carro teria sido desclassificado já na Austrália", comentou. Lembrou, ainda, um período difícil experimentado pela Honda, precursora da Brawn, em 2005. "O time já teve problemas antes, senti a enorme preocupação no grupo de produzir um carro que não deixasse dúvida sobre sua legalidade." Naquela temporada, ainda com o nome de BAR-Honda, a escuderia foi suspensa das provas de Barcelona e Mônaco porque usou um truque no tanque de combustível que permitia burlar o peso mínimo de 605 quilos do carro. O que está agradando a Rubinho é a obsessão dos concorrentes em desenvolver um difusor, a parte posterior do assoalho do carro, semelhante ao seu. "Claro que é importante, mas para te dar 3/10 de segundo por volta. É bom nossos adversários acreditarem que vão melhorar um segundo porque assim vão esquecer de trabalhar o restante do carro." A tranquilidade na Brawn GP foi tamanha durante a semana que não se discutiu o que poderia acontecer ontem em Paris. "Viajei para o Brasil, assisti ao vídeo das corridas da Austrália e Malásia, e enviei meu comentário para o Ross Brawn", disse Rubinho. "Discutimos questões como melhorar os freios e o acerto do carro para o GP da China." Ross Brawn colocou ponto final na dúvida sobre a legalidade do carro. "Respeito o direito de os adversários questionarem nosso projeto pelos meios legais", disse, ao deixar o tribunal, em Paris. "Mas agora confirmaram que estamos dentro do regulamento. A decisão, portanto, põe fim no assunto."

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