PUBLICIDADE

Publicidade

Corinthians deixa a bola e Ronaldo em casa

Equipe joga mal e só empata com o Santo André, no ABC, por 0 a 0

Por Fábio Hecico
Atualização:

Pela primeira vez no ano a torcida do Corinthians não gritou gol. Sem o Fenômeno Ronaldo, poupado, Jorge Henrique e Dentinho, a dupla da fase inicial, e Souza e Otacílio Neto, que entraram na etapa final, não conseguiram superar o goleiro Neneca. Ao menos o corintiano também não viu o time ser vazado, como nas últimas três partidas: 0 a 0 com o Santo André, no ABC, pelo torneio estadual e a segunda colocação mantida. "Fizemos um gol legal, nem vi a bola bater no meu braço e o juiz (Wilson Luiz Seneme) deu falta. Era para levarmos os três pontos", lamentou Dentinho, reclamando de lance aos 8 minutos do segundo tempo, em que dividiu com Neneca e depois empurrou para as redes. A bola realmente bateu no braço dele. Dentinho, porém, não teve intenção de falta. Mas o árbitro optou pela ?interpretação?. Justificar o empate por causa de discutível falha da arbitragem é tentar esconder a falta de competência do Corinthians em campo. Foram 20 minutos com um jogador a mais, após expulsão de Marcel, e nada de chegar ao gol. "Falhamos muito. Eu mesmo errei passes que não costumo errar", justificou o meia Douglas, que ontem teve desempenho muito fraco. Apático, não criou um lance digno de um camisa 10 e mereceu sair do time, ao ser substituído por Otacílio Neto no 2.º tempo. Assim como Túlio, Boquita, André Santos... Quase o time todo. O Corinthians parece ter esquecido como se joga. Foram finalizações sem direção, falhas de comunicação entre Felipe e os defensores, incontáveis erros de passes e alguns sustos. Marcelinho, a maior preocupação de Mano Menezes por suas bolas paradas, também não brilhou. Com dores na panturrilha, pouco apareceu. Um cruzamento aqui, outro ali, e apenas uma falta bem cobrada, no fim, defendida por Felipe. O Corinthians se gaba de ainda estar invicto no ano. O Santo André de, pelo terceiro jogo seguido, não perder do rival. Já o torcedor que pagou R$ 60,00 por um ingresso, voltou para casa frustrado pelo que viu.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.