Corinthians fecha com a Batavo por R$ 18 mi

Patrocínio, até dezembro, fica abaixo do esperado, mas é o maior do País

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Por Bruno Deiro e Fábio Hecico
Atualização:

Na semana do clássico contra o Santos, o Corinthians livrou-se de uma dor de cabeça que já durava mais de dois meses. Último entre os grandes paulistas a fechar patrocínio em 2009, o clube acertou ontem com a Batavo um contrato de R$ 18 milhões até dezembro. Mesmo abaixo do esperado pela diretoria (que tinha R$ 30 milhões como meta inicial), o acordo com a empresa alimentícia é o maior do futebol brasileiro em 2009. É a segunda vez que a marca paranaense, que hoje pertence à Perdigão, patrocina o Corinthians. Na primeira trouxe sorte. Em dois dos anos mais vitoriosos da história do clube, a marca estava na camisa do time que conquistou o bicampeonato brasileiro (1998/99) e o título do Mundial de Clubes (2000). A nova camisa deve estrear já no clássico de domingo. Foram mais de sete horas de conversas por videoconferência, anteontem, entre a diretoria de marketing do clube e executivos da Batavo, para acertar os termos do acordo. Ontem, o presidente corintiano Andrés Sanchez foi à sede da empresa para assinar o contrato - que teve resistência por parte do departamento de marketing, insatisfeito com os valores. A diretoria abriu mão de acertar com o Carrefour, por um valor maior (cerca de R$ 22 milhões), para poder negociar outro patrocinador em 2010, ano do centenário do clube. A rede francesa de supermercados recusou-se a fechar por apenas 10 meses. A quantia supera em R$ 1,5 milhão o contrato com a Medial Saúde, em 2008, ano em que o Corinthians disputou a Série B. Agora, o clube vai atrás de algo entre R$ 12 mi e R$ 14 mi para o patrocínio das mangas e calções - com o acordo para a vinda de Ronaldo, porém, o Fenômeno terá direito a 80% deste valor. O clube tem ainda um contrato de R$ 16 milhões por três anos com a Nike para fornecimento de material esportivo. A definição do patrocinador fixo para a temporada encerra uma série de sete pequenos acordos do Corinthians para publicidades provisórias na camisa do clube. O patrocínio vale para todas as categorias do clube - na Copa São Paulo, a base jogou com o patrocínio da Suvinil, antiga parceira do clube. Apesar da demora e do acordo abaixo do esperado, a diretoria pode gabar-se de ter fechado por um valor acima de seus rivais. O acordo de R$ 18 milhões evitou, por pouco, o vexame de igualar-se aos de São Paulo (R$ 16 milhões com a LG) e Palmeiras (R$ 15 mi com a Samsung), após a badalada e ambiciosa campanha de marketing que se seguiu à chegada do Fenômeno ao Parque São Jorge. VELHAS PARCERIAS Bombril: Empresa patrocinou a camisa corintiana na decisão do Campeonato Paulista de 1982, contra o São Paulo. O nome do produto só foi colocado nas costas, como determinava a legislação da época. Na foto, o atacante Ataliba discute com os são-paulinos Marinho Chagas e Serginho Chulapa. Kalunga: Foi a união mais longa. O patrocínio durou de 1985 a 1994. Em 1987, o Corinthians, que tinha o lateral-esquerdo Dida, foi vice-campeão paulista. Na Copa União, o Brasileiro da época, quase todos os clubes foram patrocinados por uma mesma empresa, mas a camisa do Corinthians continuou com a Kalunga. Samsung: Foi a patrocinadora na época da parceria com a MSI, em 2005. Nesse ano, o time conquistou o quarto título brasileiro, com Nilmar e Tevez, mas dois anos depois caiu para a Segunda Divisão nacional, com Felipe no gol. A empresa propôs renovar o contrato em 2008 por um valor menor, mas o clube não aceitou. Medial Saúde: Empresa colocou seu nome na camisa do Corinthians em 2008, na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, por um contrato de R$ 16,5 milhões. Segundo a diretoria do clube, por causa dessa ajuda, o logotipo continuou a ser usado nos treinos após o fim do compromisso.

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