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Corinthians não teme La Bombonera

Equipe desembarca em Buenos Aires confiante em poder realizar uma grande atuação diante do Boca Juniors, amanhã, no primeiro jogo da decisão

Por Fábio Hecico e BUENOS AIRES
Atualização:

Nada de temer a Bombonera. Muito menos o Boca Juniors. A confiança impera entre os jogadores do Corinthians antes do primeiro jogo da decisão da Libertadores, amanhã, em Buenos Aires. Todos acreditam em grande partida na casa argentina para dar a volta olímpica, pela primeira vez na história do clube, no dia 4, no Pacaembu.O sentimento de que tudo pode dar certo é tão grande que até o resultado de empate, apesar de ser excelente, é deixado de lado. "O Corinthians entra sempre para vencer, independentemente do local e aqui não será diferente", discursou o zagueiro Leandro Castán. Ele só não quis dizer a fórmula para parar o goleador Santiago Silva. "Deixa isso para vocês verem na hora do jogo. Mas vamos ser fortes, está na hora de conquistarmos esse título", afirmou.Andando normalmente e garantindo que as dores na coxa sentidas pela manhã não passaram de um susto, o volante Paulinho também adotava o discurso otimista. "Já estou legal e com certeza vou para o jogo.E é bom sentir esse clima, a motivação fica maior ainda", falou, antes de ser rodeado pela torcida mirim da argentina. Por ter feito o gol diante do Vasco, algo passado à exaustão na TV argentina, ele virou "o craque" corintiano.E parece ter curtido ao ver a gurizada gritando seu nome. "Uma viagem importante e agora temos de fazer algo diferente. Não tem motivação maior do que chegar à final da Libertadores diante do Boca, e ainda mais recebendo uma recepção como essa. Vamos ficar bastante focados para ir bem nessa decisão", disse. "Temos de nos portar bem, mas saber que são apenas os primeiros 90 minutos."O meia Alex também estava no clima de entusiasmo. Autor de um gol em La Bombonera pelo Inter em 2008, ano no qual o time ganhou a Sul-Americana, ele agora quer escrever sua história pelo Corinthians. E quer testar a instabilidade do goleiro Oriol com seus potentes chutes de longa distância. "O chute de fora da área pode ser um diferencial no jogo e temos de tentar usá-lo a nosso favor. Mas temos de encontrar os espaços, pois eles marcam bem", afirmou, querendo se desvincular totalmente da imagem de herói do Internacional. "Sobre o Inter foi algo que ficou para o passado. A hora é de escrever o futuro."Sem favoritismo. Mais sereno, o presidente Mário Gobbi pregava por uma final dura e sem favoritos. "Estamos invictos (7 vitórias e cinco empates), só que cada jogo é uma história, ninguém é campeão pela campanha. Vamos jogar contra um grande time, um dos que mais venceram, é dificílimo jogar aqui, mas nós temos time, vamos jogar, vamos batalhar."

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