Corinthians sobe mais um degrau

Como Tite queria, seu time já está entre os dez primeiros ao despachar o Cruzeiro sem sustos ontem no Pacaembu

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Por Almir Leite
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Aos poucos o Corinthians vai ganhando terreno no Campeonato Brasileiro. Ontem, no Pacaembu, obteve a quarta vitória na competição ao fazer 2 a 0 no Cruzeiro. Um resultado que, em termos de classificação, não representou grande avanço - com 15 pontos, o time ganhou duas posições, está em 10.º, mas pode ser superado hoje pelo Flamengo. Mas valeu pela personalidade demonstrada, além da conhecida aplicação tática.O jogo marcou a estreia do atacante peruano Paolo Guerrero. Ele entrou aos 41 minutos da etapa final, sem tempo para fazer alguma coisa. Pelo menos, foi "batizado''.O Cruzeiro fez uma partida bem abaixo do que poderia, é verdade, notadamente na etapa inicial. A maneira como o Corinthians se comportou foi fundamental para que os mineiros quase não andassem em campo.O primeiro tempo foi todo do Corinthians. Com velocidade, objetividade e movimentação constante, dominou a partida com facilidade. Acuado, o Cruzeiro não conseguia articular jogadas. Limitava-se a tentar se defender, mas o fazia de maneira atabalhoada e, por vezes, com violência.O campeão da Libertadores, no entanto, falhava muito nas bolas alçadas sobre sua área. Nesses lances, os zagueiros Chicão e Paulo André se posicionavam mal e Cássio saia equivocadamente do gol.Em um desses erros, o Cruzeiro teve sua única chance na etapa, aos 20 minutos. Após um escanteio e vacilo da zaga e com Cássio perdido, Leandro Guerreiro tinha o gol livre à sua frente. Desajeitado, bateu para fora.Naquela altura, o Corinthians já havia chegado com perigo algumas vezes e, dois minutos após ter tomado o susto, fez seu primeiro gol. Jorge Henrique invadiu a área e foi derrubado por Sandro Silva, num pênalti bobo. Chicão cobrou rasteiro, no canto direito de Fábio, e marcou.Detalhe: Sandro Silva já tinha cartão amarelo e poderia muito bem ter sido expulso. O juiz Leandro Vuaden, porém, foi complacente com o volante. O técnico Celso Roth não. Aos 27 minutos, substituiu-o pelo atacante Fabinho.O Corinthians manteve o domínio, teve duas oportunidades com Romarinho, mas a pontaria descalibrada e uma boa defesa de Fábio impediram a ampliação do placar ainda na etapa.Os 10 primeiros minutos do segundo tempo foram iguais aos 45 iniciais. O Corinthians continuou em cima do Cruzeiro, obrigando o adversário a recuar. Uma diferença, porém, pôde ser notada. Montillo, o articulador das jogadas dos mineiros, "acordou'', passando a se movimentar mais e a tentar as jogadas.Principalmente por conta disso, e também por adiantar um pouco a marcação, com passar do tempo o Cruzeiro foi ganhando terreno e começou a chegar mais perto da área dos paulistas. O jogo, então, ficou equilibrado. O Corinthians teve de se posicionar de maneira mais precavida. Mas não deixou de buscar as jogadas ofensivas e poderia até ter feito o segundo gol antes, se Romarinho conseguisse dar direção às suas cabeçadas.O Corinthians, naquele momento, já buscava atrair o Cruzeiro para explorar os contra-ataques. Criou duas boas chances, mas só ampliou aos 48 minutos. Um golaço que Paulinho se deu de presente no dia em que completou 24 anos. Ele acertou o ângulo de Fábio, num belo chute de fora de área.

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