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Corinthians vence, mas não evita 2.º jogo

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Por Fábio Hecico
Atualização:

O Corinthians desperdiçou grande chance de voltar do Ceará com a classificação para a terceira fase da Copa do Brasil. Ontem à noite, o time paulista não se intimidou com o Castelão lotado, ignorou a pressão da torcida e dominou o duelo contra o Fortaleza. E mesmo saindo atrás do placar, virou. A vitória por 2 a 1, acabou sendo definida pelos jogadores como injusta, tamanho o número de gols perdidos nos contragolpes. No jogo de volta, marcado para o Morumbi, dia 9 de abril, a vaga vem até com derrota por 1 a 0. E quem avançar encara o vencedor de Fast Clube-AM e Goiás. Mano Menezes adotou nova estratégia para enganar os rivais. Depois de treinos secretos, agora o comandante corintiano treina, fala em escalar uma equipe e usa outra. Ontem, quando todos esperavam um 3-5-2 com Fábio Ferreira, ele escalou o time no 4-4-2, com Éverton Ribeiro e o contestado Marcel juntos na armação. Esquema ousado para evitar o segundo duelo, na semana que abre as semifinais do Paulista. Ganhando por dois gols de diferença, tal semana ficaria livre. Mas o treinador não contava com as condições climáticas. Como já virou tradição no Ceará, todo 19 de março, dia do padroeiro da cidade, São José, chove. E ontem, a escrita foi mantida. Mal começou o duelo do Castelão e um dilúvio castigou o já danificado gramado, alvo de críticas dos corintianos. ''Ninguém vê se a bola bate num morrinho'', havia reclamado o goleiro Felipe, no reconhecimento de terça-feira. Debaixo d''água, os corintianos, mais técnicos, sofriam para carregar a bola, apesar de maior domínio do jogo. Carlos Alberto, por exemplo, escorregava a todo lance e pouco conseguia ficar em pé. Márcio Azevedo aproveitou a falta de firmeza do ala e partiu para cima, ganhou na corrida e cruzou. Lúcio exigiu milagre de Felipe, mas o rebate bateu na barriga de Simão: 1 a 0. ''O gol serviu para acordar nosso time'', afirmou Felipe, no intervalo. E como serviu. Na seqüência da abertura do placar, a zaga salvou o empate em chute de Fabinho, mas não segurou William. De cabeça, o zagueiro empatou. ''Fiquei muito feliz, pois o gol saiu num momento crítico'', disse, radiante com o primeiro dele pelo Corinthians. Na fase final, já com esquema mais cauteloso, o Corinthians dominou o jogo. Virou aos 14, com Acosta, e depois abusou de desperdiçar chances. Até carimbou a trave. Venceu, mas volta com sentimento de que podia mais.

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