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CPB cria programa para acompanhar atletas paralímpicos brasileiros na quarentena

Iniciativa pretende estabelecer uma rotina de atividades de treinamento e oferecer suporte técnico e psicológico

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Por Redação
Atualização:

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulgou o lançamento de um programa para acompanhar os atletas durante o período de quarentena diante da pandemia do novo coronavírus. A iniciativa pretende estabelecer uma rotina de atividades de treinamento em casa e oferecer suporte técnico e psicológico.

O Centro de Treinamento Paralímpico, localizado em São Paulo, paralisou as atividades em março. Desde então, os atletas foram orientados a seguir com a rotina de treinos com orientações de seus técnicos. Porém, não foi oferecido um programa de atividades.

Verônica Hipolito viveu episódios de ansiedade entre treinos, competições e cuidados com a saúde Foto: Marcelo Regua/ MPIX/ CPB

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"Os atletas estavam se expondo ao risco de buscarem locais para treinamentos. Com este programa, podem ficar mais tranquilos. O Comitê Paralímpico Brasileiro vai oferecer o apoio neste momento difícil e de muita incerteza que todos temos vivido nos últimos dias. Tão logo a pandemia seja superada, as instalações do nosso CT Paralímpico e demais equipamentos esportivos espalhados pelo país voltarão a ficar disponíveis", afirma Mizael Conrado, presidente do CPB.

Equipes do comitê, entre fisiologistas, preparadores físicos, nutricionistas, treinadores e psicólogos, irão realizar videochamadas para apresentar o plano de atividades. O programa vai contemplar inicialmente 80 atletas da natação e atletismo, além dos que estavam com alguma lesão e dependem de atividades voltadas para a recuperação física. A proposta também será enviada para confederações e integrantes da seleção brasileira.

"Este programa fará com que os atletas não se sintam abandonados neste período, além de evitar que sejam elaborados treinos sem nenhuma orientação técnica. Com isso, vamos prevenir lesões e permitir que eles retornem, após a pandemia, com as condições físicas e mentais próximas ao ideal. Neste momento, o ganho de peso é a nossa maior preocupação em relação aos atletas", explica Alberto Martins, diretor técnico do CPB.

O projeto já é elogiado por alguns atletas, caso de Verônica Hipolito, que compete nos 100m e 200m pela classe T37. "Vivemos realidades muito diferentes e o projeto foi elaborado pensando nisso. Então, haverá atividades exclusivas para atletas que moram na cidade, no interior e no litoral. Os treinos também serão distintos para quem mora em apartamento ou casa. O fato de individualizar este acompanhamento de acordo com o tipo de isolamento do atleta contribuirá bastante para que mantenhamos em atividade e mais tranquilos com a nossa preparação", conta.

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