Publicidade

Cuidado rivais: a Lusa vai ao ataque

Espinosa quer time agressivo. ?Gosto de jogar para frente?, avisa

PUBLICIDADE

Por Bruno Winckler
Atualização:

O bicampeão brasileiro não vai fazer a Portuguesa abrir mão de seu estilo. É o que garante o técnico Valdir Espinosa, que em uma semana no clube diz ter mudado a cara do time ao dar atenção sempre ao ataque. "Não posso pensar diferente. Gosto de jogar para a frente e isso não vai mudar", avisou. "Hoje o futebol está muito chato. Só se fala em anular o adversário, em marcar, marcar. Nos meus times, tento superar o adversário impondo um ritmo forte, pressionando na defesa deles. Não é desrespeito." Para manter essa postura atrevida, o treinador terá de se preocupar com um detalhe: a Portuguesa tem a segunda pior defesa do torneio, com 28 gols sofridos. Seu ímpeto pelo ataque perderia força com esse número? Espinosa usa o velho chavão de que a melhor defesa é o ataque para confirmar que sua tese não é furada. "Sei que a defesa está deixando a desejar. Mas, se atacarmos bem, com consistência, a defesa não sofrerá tantos problemas", analisou. Para colocar em prática sua teoria, o técnico terá muitos problemas para escalar o time. Diogo e Washington, que formam a dupla de ataque titular, estão suspensos. No meio, o paraguaio Gavilán também está fora. Com as baixas no ataque, o técnico não deve adotar o esquema com três atacantes da sua estréia, no empate por 2 a 2 com o Flamengo, na quarta-feira. Nem por isso comprometerá seu afã pelo ataque. "Vamos jogar só com o, o... (pausa até ser ajudado pelo assessor de imprensa a lembra do nome dos atacantes) Rogério e o Jonas, mas acho que o esquema vai ser ofensivo do mesmo jeito. Treinei outras formações mais defensivas, mas não deu certo", afirmou. "Importa colocar o que eu quero pra dentro da cachola do jogador e que eles entendam." Mesmo com confiança, o técnico reconhece que o adversário de hoje é tinhoso. E de várias formas. "Eles têm muita força na marcação. Têm o Dagoberto e o Éder Luís na velocidade. O Aloísio na força e ainda são muito perigosos na bola aérea. Sem falar que depois da derrota (para o Inter), eles devem vir com mais força. Num clube como o São Paulo, a cobrança por títulos é sempre grande", sustenta. "Vamos ter cuidado, mas esse cuidado não pode servir como desculpa para ter medo do que vamos enfrentar." No último encontro entre as duas equipes, a Lusa pintou como azarão e surpreendeu. Fez 2 a 0 pelo Campeonato Paulista. Com outros personagens, mas com o mesmo enredo, a história pode se repetir.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.