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Daiane quer aposentar "Brasileirinho"

A ginasta brasileira diz estar enjoada de tanto ouvir a música que dá ritmo à sua apresentação no solo e já pensa em trocar. Na etapa brasileira da Copa do Mundo, por enquanto, nada muda.

Por Agencia Estado
Atualização:

Mesmo quando vai ao pagode, uma das raras diversões na atribulada vida de quem concilia a ginástica artística com a Faculdade de Educação Física, Daiane dos Santos tem de ouvir o Brasileirinho - "tocam em minha homenagem", conta -, a música que dá ritmo a sua apresentação de solo há um ano. O Brasileirinho é uma música muito forte e, por isso, já enjoou. Daiane, de 22 anos, que veio a São Paulo para a assinatura de contrato de patrocínio da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) com a Bombril, confessa que está com vontade de mudar a música, antes do Mundial de Melbourne, em novembro. Mas na etapa brasileira da Copa do Mundo, dias 8, 9 e 10, no Ibirapuera - desde 1978 São Paulo não recebe a competição -, será ao som de Brasileirinho, ensaiado pelo técnico Oleg Stapenko, que o público verá a mesma série que deu a ginasta o ouro na etapa da Copa do Mundo de Birmingham, em dezembro. "A série tem o duplo twist carpado (o difícil salto que ganhou o sobrenome de Daiane) e um duplo esticado", contou a ginasta. Daiane voltou ainda a descartar a possibilidade de operar o joelho esquerdo. "Não vou fazer nenhuma cirurgia em lugar nenhum", disse. Já aprendeu a conviver com a dor e, mesmo com o pulso direito recuperado da luxação que a tirou da etapa de Cottbus da Copa do Mundo ainda não sabe as outras competições que disputará na temporada. "Depende do Oleg. Ainda mais agora que temos novas ginastas para fazer um revezamento", disse Daiane - são 17 as garotas que formam atualmente a seleção permanente, em Curitiba. Daiane irá, em princípio competir nos aparelhos paralelas e solo na Copa do Mundo e Daniele Hypólito, que levou uma bronca de Oleg por estar fora do peso, nas paralelas, trave e solo. "Estamos treinando para esses aparelhos, mas tudo vai depender da avaliação do Oleg", disse Daniele, que evita falar no peso. A presidente da CBG explica que não tem como evitar os comentários do técnico ucraniano, quando considera que uma atleta está fora do peso ou não está treinando devidamente. "O Oleg é um estrategista, tem um feeling excepcional, se move de acordo com os resultados do mundo, quer formar novas estrelas. Investe onde vê potencialidade e não adianta, ele não faz elogio barato e não esconde os problemas", disse Vicélia.

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