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Daiane volta com tudo em busca do sonho olímpico

Ginasta retoma rotina de treinos, até mesmo na trave, pensa em parar depois de Londres e virar técnica da base

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Por Ana Paula Garrido
Atualização:

Depois de dois anos, Daiane dos Santos está pronta para voltar. A convocação para a seleção ainda depende de uma avaliação da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), prevista para março. Até lá, ela se prepara com treinos diários, seguindo rigorosamente todos os passos ditados por seu treinador, Raimundo Blanco. Mais uma prova de que paciência ela tem de sobra. Enquanto cumpria os cinco meses de suspensão por ter sido pega no doping, Daiane poderia ter feito um dos exames de urina, exigidos para sua liberação. Mas ela não foi informada sobre tal possibilidade e só pôde terminar de fazê-los em novembro. "Perdi o ano todo", lamenta.No entanto, a temporada longe dos torneios não foi de todo ruim, segundo ela. Serviu, por exemplo, para se recuperar da cirurgia no joelho direito, após os Jogos de Pequim. "Voltar a treinar sem dor é muito bom. Volto bem fisicamente, e mais madura também. Isso ajuda bastante na hora da competição", diz.A ginasta voltou até a treinar na trave, após seis anos longe do aparelho pela falta de equilíbrio no joelho. É mais uma chance de Daiane conquistar a tão sonhada medalha olímpica no ano que vem, em Londres. "O problema é que muita gente quer", brinca.Antes de pensar em 2012, a ginasta precisa provar que tem condições de representar novamente o País. Seu desafio será o de conquistar uma das doze vagas para a Olimpíada, que serão disputadas durante o Mundial, em outubro, no Japão.O técnico Blanco não tem dúvidas sobre o retorno de Daiane à seleção. "Não há nenhum empecilho. Se estiver bem, sem lesão, não tem como não estar na seleção. Até porque não há várias Daianes no Brasil. Ela ainda faz coisas que ninguém faz", diz ele."Lá (em Londres) será minha última olimpíada, com certeza. Me formei no ano passado (em Educação Física) e quero casar, ter filhos", explica Daiane. Ela pretende virar técnica das categorias de base. "Quero treinar as pequenas, gosto muito da base."E antecipa que mudou de coreografia. A música Brasileirinho, que a consagrou nas provas de solo, foi definitivamente aposentada. Agora, o ritmo será salsa. "Não escolhi samba porque as pessoas iriam comparar. É preciso mudar um pouco."

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