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?Dança? de Popó foi homenagem a Ali

Por Agencia Estado
Atualização:

O campeão mundial dos superpenas nas versões da Associação Mundial de Boxe (AMB) e Organização Mundial de Boxe (OMB) Acelino Popó Freitas disse ao desembarcar nesta terça no aeroporto da capital baiana que sua "dançadinha" no final da luta contra o nigeriano Daniel Attah, não teve a intenção de humilhar o adversário e sim homenagear dois ídolos seus, Mohammed Ali e Sugar Ray Leonard. "Entrei em clima de festa e quis encerrar também dessa forma", comentou, contando que os jornais americanos entenderam a homenagem e o elogiaram. Popó admitiu que Attah foi um adversário até mais difícil que o cubano Joel Casamayor, a quem também venceu por pontos ganhando o cinturão da AMB. "A luta com Casamayor foi mais técnica, pois ele ficava parado possibilitando um combate franco, mas Attah é um lutador muito rápido, corre de um lado para outro e eu fiquei sem saber se os juizes iriam considerar isso como ponto positivo para ele", disse. Atingido algumas vezes pelo adversário, Popó achou normal. "Foram quase 50 minutos de luta, então é impossível não receber socos", observou, garantindo que quando era atingido "despertava" e voltava com mais ímpeto nos rounds seguintes. O campeão revelou que vem procurando concentrar seus ataques principalmente nos 10 segundos finais de cada round, explicando que nos Estados Unidos os juizes consideram mais esse período da luta na contagem de pontos. "É que eles lembram mais dos golpes no final do assalto que no início", disse. Popó acredita ter aprimorado muito sua técnica nas suas últimas três lutas, que venceu por pontos. Ao embarcar para os Estados Unidos para enfrentar Attah, ele chegou a dizer que iria buscar o nocaute de qualquer maneira pois, vencer por pontos no boxe, eqüivaleria a uma partida de futebol sem gols. No entanto, mudou de posição. "Não tem a obrigação de vencer por nocaute, o objetivo é ganhar, o nocaute é uma conseqüência", disse. Ele foi recebido por um grupo de trinta amigos e parentes comandados pela mãe, dona Zuleica, que como sempre anunciava como troféu para o filho amado a indefectível feijoada, prato preferido do campeão. Popó vai descansar até o fim do mês e volta a treinar em setembro. Sua próxima luta pode ser mesmo em São Paulo, mas ele disse que há 90% de possibilidade de ocorrer em Nova York.

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