As ginastas Camila Comin e Daniele Hypólito disputam nesta sexta-feira a final individual geral no Mundial de Anaheim, na Califórnia, que vai até domingo. Classificaram-se com a 19ª e 21ª colocação, respectivamente. "Fico feliz por estar no grupo das 24 melhores do mundo. A final individual costuma ser muito nivelada", disse Daniele. Sábado e domingo, Daiane dos Santos e Diego Hypólito entram em cena. Ambos disputam a final individual por aparelhos. Daiane faz a final no solo. Com 9.512 pontos, obteve a terceira posição, ficando atrás apenas da Romênia e Espanha. Depois de executar o movimento "duplo twist carpado", pelo qual recebeu a nota máxima do júri (Super E), a ginasta brasileira falou: "Espero acertar os exercícios na fase semifinal e atingir uma boa pontuação." Já Diego classificou-se para as finais no solo (obteve a quinta posição, com 9.550 pontos) e salto sobre o cavalo (sétima posição, com 9.523 pontos). As norte-americanas levaram a primeira medalha de ouro por equipes em toda a história do Mundial de Ginástica Olímpica, na quarta-feira, com 112.523 pontos. Conseguiram deixar para trás a favorita Romênia (110.833) e a surpresa Austrália (110.335). A equipe brasileira, que pela primeira vez chegou à final, repetiu a colocação da fase classificatória. "Esta oitava colocação neste Mundial veio coroar todo nosso esforço. Estar entre as melhores do mundo foi uma grande vitória para o Brasil, pois ganhamos o reconhecimento das principais potências do esporte. Superamos todas as expectativas, porque garantimos a equipe inteira na Olimpíada de Atenas/2004", disse Daniele Hypólito. As chinesas, que haviam se classificado na primeira posição para a final, acabaram penalizadas. Enquanto aguardava o término da apresentação de sua companheira de equipe Zhang Nan, a ginasta Fan Ye estava se alongando e praticando saltos da sua rotina em uma área proibida, o que ocasionou a perda de dois décimos - e as garotas ficaram 0,076 pontos atrás da Austrália, perdendo o bronze. Foi a primeira vez que as australianas conquistaram uma medalha em Mundial. As decepções foram as equipes da Romênia, campeã das cinco últimas edições do Mundial, além de atual campeã olímpica, e da Rússia, que terminou em uma modesta sexta colocação, depois de ter garantido pódio desde 1995. "Estou muito chocada. Foi um resultado totalmente inesperado", disse Natalia Pavlova, líder da equipe russa.