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Daniele volta e pede apoio ao esporte

Por Agencia Estado
Atualização:

Daniele Hypolito conquistou, definitivamente, seu lugar no cenário internacional da ginástica, no final de semana, com a conquista do primeiro lugar nos exercícios de solo, prata no individual geral e bronze nas barras assimétricas, durante o Torneio de Marselha, na França. O respeito pela ginasta é tanto que, mesmo com a equipe brasileira desclassificada da grande final, ela foi convidada a disputá-la e, mais uma vez, demonstrou seu valor. O único e mais grave problema continua sendo a falta de um patrocínio. "A história está mudando. Quando que os juízes deixariam uma romena na segunda colocação?", indagou Daniele, que superou a romena Andrea Raducan, que ganhou aa medalha de ouro no Mundial da Bélgica, nos exercícios de solo. Na ocasião, a brasileira ficou com a prata. "Ela veio me dar os parabéns, depois da minha apresentação, antes mesmo de realizar a sua." Apesar do respeito que os competidores internacionais têm demonstrado por Daniele, sua técnica, Georgette Vidor, lembrou que a "camisa (nacionalidade)" ainda é levada em consideração, pelos juízes, na hora de dar a pontuação. Frisou que este é o momento de se promover uma mudança nas estruturas da ginástica brasileira, pois o País não pode ficar dependendo somente de sua atleta. O título da competição francesa ficou com a Romênia, seguida por Rússia, Holanda e Brasil. Para a final só se classificavam os três primeiros colocados. Uma das maiores preocupações de Daniele continua sendo com a falta de um patrocinador. Duas multinacionais já procuraram a família demonstrando seu interesse, mas fizeram apenas um contato telefônico, segundo a mãe da ginasta, Geny Matias Hipolito. Durante o desembarque da delegação brasileira, nesta terça-feira, no Aeroporto Internacional Santos Dumont, Daniele pediu apoio para si e os clubes onde há núcleos de ginástica. "Uma atleta não treina sozinha. Já um grupo treinando, ele se une e fica mais forte", considerou a ginasta, reafirmando o objetivo de conquistar uma medalha olímpica. Ela espera estar ao lado de seu irmão, Diego, que foi campeão brasileiro juvenil, no final de semana, em Curitiba. Junto com Daniele e Georgette desembarcaram o técnico Ricardo Pereira e as ginastas Coral Borba e Thaís Cevada, todos do Flamengo, que representou o Brasil na competição. Thaís desembarcou com o pé esquerdo imobilizado, por causa de uma operação sofrida. De acordo com ela, que se contundiu na véspera do início das disputas, a cirurgia foi necessária devido a sua condição de atleta. Sua recuperação levará dois meses.

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