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De novo, os EUA na final

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Por Redação
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A vitória contra a Itália por 3 a 1, com parciais de 19/25, 25/18, 25/21 e 25/22, foi o último obstáculo da seleção masculina de vôlei para se credenciar a mais uma final olímpica, sua segunda seguida. Em Atenas-2004, o Brasil bateu os italianos na última partida e ficou com o ouro. Agora, os rivais de Pequim são os Estados Unidos, rival de amanhã, à 1 hora pelo horário de Brasília. Adversário duríssimo, que não perdeu nenhum jogo. Giba e Murilo têm sido os dois melhores atacantes da seleção na campanha chinesa. Contra os italianos, marcaram 23 pontos. Giba acertou 15 de 32 tentativas. Foi quem mais virou para a quadra adversária. Murilo fez 8 pontos de 18 possíveis. Teve um aproveitamento extraordinário. Ele entrou no lugar de Dante e fez a equipe melhorar, ficar mais regular e fechar os sets sem grandes sobressaltos. Ajudou muito. "Esse time sofreu para estar aqui", comentou Murilo. "Estamos desde 2005 nessa batalha, defendendo o ouro de Atenas contra tudo e todos", lembrou. "Chegou a nossa grande chance de ganhar mais um." A Itália seguiu o script dos outros times que o Brasil enfrentou em Pequim e tentou surpreender. Fez um primeiro set melhor do que o time de Bernardinho e fechou em 25 a 19. Cisolla e Gavotto fizeram 11 pontos cada de ataque. O Brasil acertou a mão depois e ganhou os outros três sets com sobra. Em sua trajetória até a final, a seleção teve só uma derrota - 3 a 1 para a Rússia. "Perdemos aquela partida, mas não jogamos mal", disse Bernardinho. "Erramos bastante, mas eles também acertaram muito." O treinador reclamou muito no começo da competição dos contra-ataques da equipe, que não estavam sendo bem feitos. A falha foi corrigida nas últimas apresentações. O saque também tem ajudado o Brasil a fazer a diferença. "Vamos precisar desse fundamento contra os EUA", observou o técnico. PEDRA NO SAPATO Na China, os norte-americanos têm sido uma pedra no sapato dos brasileiros. Sempre em decisões. O vôlei de praia masculino perdeu o ouro para a dupla dos EUA. O mesmo aconteceu com o futebol feminino. "Espero que o vôlei reverta essa história contra eles", afirmou Gustavo. "Mas os Estados Unidos são sempre perigosos." Para disputar a final olímpica, a equipe norte-americana superou todo mundo que teve pela frente. Chega embalada para a briga pelo ouro. Há ainda a vitória recente contra o Brasil, no Rio, na fase final da Liga Mundial. "Tudo isso ainda é muito fresco na nossa cabeça", disse Giba. "Precisamos acertar a mão e termos paciência nessa partida decisiva", avaliou, para emendar que o Brasil está preparado para disputar cinco sets. "O desafio é não perdermos a concentração." Desde o jogo inicial, o time agradece o apoio da torcida chinesa com abraço simbólico. Foi uma idéia de Anderson que todos depois resolveram seguir.

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