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Despedida com choro. E nenhuma medalha

Maurren sente lesão no joelho e Brasil deixa Berlim sem pódio

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Por Redação
Atualização:

Foi com choro e sem nenhuma medalha que a delegação brasileira se despediu do Mundial de Berlim. Última esperança de pódio para o Brasil, Maurren Maggi foi abatida pela contusão no joelho direito e terminou a final do salto em distância em sétimo. Mais triste foi o desempenho de Keila Costa, que queimou suas três tentativas e foi desclassificada. O País manteve a sina de intercalar um Mundial de atletismo com pódio e o outro sem. Em 2003, em Paris, ganhou prata no revezamento 4 x 100 metros. Passou em branco em Helsinque/2005 e ganhou uma prata com Jadel Gregório em Osaka/2007. Ontem, Maurren fez apenas dois saltos. No primeiro, chegou a 6,68 metros. Queimou a segunda tentativa e abortou a terceira. Na quarta, a campeã olímpica saltou 6,64 metros. Viu o resultado, apoiou-se sobre a região dolorida de seu corpo e chorou. Já não seria possível saltar outras duas vezes. Era o fim do sonho. "O joelho doeu", declarou. A campeã olímpica finalmente admitiu que competiu sem estar em suas melhores condições e não teria como enfrentar a americana Britney Reese, que ficou com a medalha de ouro, ao saltar 7,10 metros. "Sabia que não tinha como chegar a 7 metros", reconheceu Maurren. Segundo ela, em razão da contusão no joelho direito que a incomoda desde o início do ano. Porém, havia a expectativa de sair de Berlim com uma medalha de prata ou bronze para somar ao ouro de Pequim/2008. "Achei que no segundo salto conseguiria." Maurren disse ainda que a participação na Alemanha é sua última da temporada. "Agora vou tratar o joelho." A saltadora não descarta a possibilidade de uma cirurgia. "Mas o que posso dizer é que não vou parar por aqui." PREOCUPAÇÃO A falta de medalhas não resume, em si, o fracasso do Brasil em Berlim. O fato preocupante é que tanto os melhores - Maurren Maggi (salto em distância), Jadel Gregório (salto triplo) e Fabiana Murer (salto com vara) -, como parte dos 42 atletas da delegação, ficaram longe de suas melhores marcas pessoais. Surpreendentemente, os revezamentos 4 x 100 metros masculino e feminino, afetados por casos de doping, foram a nota positiva, levando o País a duas das cinco finais que disputou. Os homens ficaram em 7º lugar e as mulheres, em 5º, apesar das mudanças de última hora no time. O presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Roberto Gesta de Melo, admitiu: "Os resultados, no geral, não foram bons." O dirigente, no entanto, lembrou que o Brasil foi prejudicado pelo fato de que Maurren e Jadel estavam contundidos.

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