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Diante da intransigência de Mosley, Ferrari ameaça abandonar Fórmula 1

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Por Livio Oricchio
Atualização:

Ninguém, em sã consciência, acredita na ameaça. Mas ontem a direção da Ferrari comunicou que, se as regras impostas por Max Mosley para 2010 não forem revistas, não disputará o campeonato. O presidente da FIA determinou, por conta própria, limite orçamentário de £ 40 milhões (cerca de R$ 130 mi) para as equipes, e um regulamento para quem acatá-lo e outro aos que não o aceitarem. "Nosso grupo discorda do método adotado para tomar decisões tão importantes, sem a devida discussão com as equipes. Desprezaram as regras que colaboraram no desenvolvimento do esporte nos últimos 25 anos", traz a nota da Ferrari. Bernie Ecclestone, promotor do Mundial, comentou para a imprensa inglesa: "A Ferrari não é estúpida. Não deseja deixar a Fórmula 1 e tampouco nós de a perdermos. Vamos chegar a um acordo." Nos próximos dias, Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari e da associação das equipes, Fota, e Ecclestone vão se reunir. O que deve sair desse encontro e dos sucessivos, com a participação de outros representantes da Fota, é um regulamento que atenda aos interesses de todos. "Tanto nós quanto Mosley queremos a mesma coisa, redução de custos, as diferenças são apenas de propostas. Eu me sinto confortável para dizer que haverá uma solução a curto prazo", disse, em Barcelona, Ross Brawn, da Brawn GP, equipe líder do campeonato. Antes da Ferrari, as escuderias Toyota e Red Bull já haviam comunicado que, nessas condições, também não disputariam o próximo Mundial.

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