19 de setembro de 2012 | 18h25
A regulamentação da autoridade de controle de doping é uma exigência da Agência Mundial Antidoping (Wada) e do COI (Comitê Olímpico Internacional) para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016. O ministro, no entanto, não informou quando a MP será editada.
Hoje, o sistema existente de controle do doping no Brasil é considerado pelo próprio Ministério do Esporte e pelo COI como "pouco eficaz". Os exames antidoping, de apenas algumas áreas específicas, atualmente, são realizados pelo Ladetec, Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico, do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Em casos que o Ladetec não está credenciado, ou em casos mais sofisticados, o exame tem de ser encaminhado para o exterior. Países que sediam Olimpíadas têm de ter um laboratório apto a realizar todos os tipos de exames antidoping. Há uma grande preocupação do COI em relação à demora do governo brasileiro em ter um instituto capaz de fazer os exames antidoping exigidos para o evento.
Na reunião desta quarta, entre a presidente Dilma Rousseff, o governador do Rio, Sérgio Cabral, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, houve o compromisso político do Palácio do Planalto de apressar a reestruturação física e de equipamentos do Ladetec, que será modernizado para atender as exigências do COI. Mas não há avaliação nem de quanto será gasto, o que exatamente será feito nesta reestruturação e quantos e quais equipamentos serão comprados.
O laboratório precisa de anos para entrar em funcionamento e passar pelos testes a fim de que possa ser considerado apto a realizar exames dos atletas para os Jogos Olímpicos de 2016. Pelo compromisso assumido pelo governo brasileiro, o novo laboratório precisaria estar pronto e funcionando até julho de 2015 e o tempo já está sendo considerado "muito apertado" por autoridades do COI. A Medida Provisória será necessária para a estruturação da ABCD, como a criação dos cargos.
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