Publicidade

Dilma prevê 'melhor festa do esporte mundial' no Rio em 2016

Presidente participa de festa dos 365 dias para os Jogos

PUBLICIDADE

Por LUCIANA NUNES LEAL E MARCIO DOLZAN
Atualização:

Faltando exatamente um ano para a Olimpíada do Rio, a presidente Dilma Rousseff participou nesta quarta-feira da cerimônia comemorativa da data e, em rápido discurso, disse que o País está "trabalhando duro para realizar a melhor festa que o esporte mundial já viveu". A presidente destacou a "vigorosa cultura de paz e trabalho" do povo brasileiro e disse que, desde a Grécia Antiga, os Jogos Olímpicos serão realizados "no mais lindo cenário". O evento que celebrou um ano do início dos Jogos aconteceu no fim da tarde desta quarta, na Cidade das Artes, zona oeste do Rio de Janeiro, e foi marcado por pelo menos dois fatos curiosos - incluindo um erro de cálculo na contagem regressiva. Mario Andrada, diretor de Comunicação do Comitê Rio-2016, abriu a cerimônia citando que faltavam exatamente 365 dias para o início da Olimpíada, número desmembrado na sequência até chegar à casa dos segundos. Dilma Rousseff foi a primeira a discursar e citou os "366 dias para os Jogos", que começam em 5 de agosto de 2016. Na sequência, Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) tomou a palavra e lembrou que a presidente estava certa "porque fevereiro terá 29 dias". Os Jogos Olímpicos sempre ocorrem nos anos bissextos.

Dilma Rousseff esteve de evento que celebrou um ano do início dos Jogos do Rio. Festa ocorreu no fim na Cidade das Artes, zona oeste do Rio de Janeiro Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

O outro momento curioso aconteceu durante a execução do hino olímpico. No palco, estavam perfilados Bach, Dilma, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o ministro do Esporte, George Hilton, a presidente da Comissão de Coordenação do COI para os Jogos do Rio, Nawal El Moutawakel, e Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Rio-2016. Todos se voltaram para a bandeira olímpica, mas pouco depois de iniciar o hino Dilma Rousseff se virou para a plateia. Ficou assim até que fosse executado o Hino Nacional, quando então se posicionou como os demais. Dilma leu seu discurso, sem improvisos, mais voltado para dar boas vindas a atletas, torcedores e turistas do que ressaltar o legado que será deixado para a cidade, como as obras de mobilidade e a melhoria do transporte público de massa. Coube a Bach abordar o legado olímpico. "O Rio de Janeiro deixará um legado importante para o esporte e para os atletas", disse o dirigente, para depois ressaltar que a Olimpíada também está trazendo benefícios para a população em geral. "Quando o Rio ganhou o direito de ser sede, em 2009, 16% dos cariocas tinham acesso ao transporte público de velocidade. Para a Olimpíada, esse número passará a 63%." A presidente citou a expectativa para o início da competição. "O coração do Brasil já começou a bater muito mais forte", disse Dilma. Na plateia, havia políticos como o prefeito oposicionista de Manaus, Arthur Virgílio, do PSDB, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e atletas de várias categorias. "Com a experiência acumulada ao organizar com grande sucesso a Copa do Mundo de 2014, cumpriremos todas as etapas necessárias para mais uma vez encantar o mundo", prometeu a presidente. E Bach pareceu concordar: "Vocês cariocas, vocês brasileiros, vão mostrar ao mundo paixão e eficiência". Após os discursos, presidentes de seis comitês olímpicos nacionais - incluindo Nuzman, do brasileiro - receberam o convite oficial para participar da Olimpíada, que deverá ter a presença de 206 nações. No fim, todos assistiram às apresentações dos músicos Diogo Nogueira, Roberta Sá e Zeca Pagodinho. Dilma deixou a Cidade das Artes sem falar com a imprensa. Do lado de fora, um grupo com aproximadamente 15 pessoas fez um pequeno protesto contra as remoções de famílias que moravam próximas ao Parque Olímpico e pela poluição da Baía de Guanabara.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.