Dilma se irrita com atrasos nas obras de São Paulo

Presidente também ficou inconformada ao constatar que nada do que pediu foi feito na melhoria dos aeroportos

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Por Tania Monteiro
Atualização:

BRASÍLIA - Em duas reuniões nesta segunda-feira no Planalto, a presidente Dilma Rousseff disse estar "muito preocupada" e, segundo assessores, teria ficado bastante irritada ao constatar que nenhuma providência efetiva foi tomada em relação à construção do estádio que deverá sediar, em São Paulo, a abertura da Copa do Mundo de 2014. Dilma ficou inconformada porque, de acordo com fontes do Planalto, diferentemente do que teriam prometido o prefeito Gilberto Kassab e o governador Geraldo Alckmin, as obras não começarão mais em abril. Dilma também ficou contrariada com a constatação de que nada do que ela pediu que fosse providenciado e apressado em relação aos aeroportos foi executado. O atraso da construção do estádio que deverá sediar a abertura da Copa se deve ao fato de que o Corinthians, que conduz o projeto da arena, pretendia originalmente construir um estádio com capacidade inferior à exigida pela Fifa para abertura (65 mil lugares), sob a alegação de que não teria os recursos necessários para uma obra maior. A presidente participou de duas reuniões no Planalto para tratar destes temas. Em relação aos aeroportos, Dilma convocou uma nova reunião para sexta-feira. Mas, desde já, anunciou que quer a antecipação de todas as obras de ampliação e remodelação deles para 2013 e não mais 2014. Em relação à Copa, a presidente quer reunir com prefeitos e governadores das cidades-sede no final de maio. Foi tensa e longa a reunião realizada para fazer um balanço da situação dos aeroportos. Dilma exigiu detalhamento da situação de cada aeroporto, mas acabou se concentrando mais na discussão de Brasília, Guarulhos e Campinas, tentando saber como apressar a ampliação deles. A presidente ouviu que os atrasos se deviam desde problemas com licenciamento ambiental, passando por falta de empresas que queiram participar de licitações para as obras, já que as grandes construtoras estão interessadas nas obras decorrentes de privatização dos aeroportos, além da total mudança de projeto de Brasília, que teve a sua primeira fase construída no ultrapassado modelo de satélite. No encontro de sexta-feira, serão detalhados os demais aeroportos.

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