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Dívida de R$ 177 mi é alvo de preocupação na Vila Belmiro

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Por Redação
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SANTOSO Santos enfrenta o Botafogo, hoje, em Ribeirão Preto, com a expectativa de garantir a classificação antecipada para a semifinal do Paulista. Ao contrário da fase exuberante que vive dentro de campo, o clube passa por momento ruim do lado de fora. Sua dívida atingiu R$ 177 milhões. A situação financeira, tão preocupante como a de outras grandes agremiações (veja quadro ao lado), será demonstrada na reunião do Conselho Deliberativo, hoje, com a recomendação do Conselho Fiscal de não-aprovação das contas do último ano de mandato do ex-presidente Marcelo Teixeira. Teixeira distribuiu à imprensa, ontem, nota de esclarecimento. O dirigente explica que a dívida não foi contraída apenas em sua gestão e declarou que, do montante apresentado, quase R$ 100 milhões são referentes a passivos fiscais, acordados com os credores, por meio do Refis ? para adequar o clube às exigências para a sua inclusão na Timemania. "Portanto, são valores com previsão de quitação a longo prazo, não comprometendo o caixa do Santos."Nem que apareçam clubes dispostos a depositar em juízo os valores das multas rescisórias dos contratos de Neymar e Paulo Henrique Ganso, o Santos conseguirá zerar o passivo acumulado nos últimos anos, porque boa parte dos direitos econômicos dos craques foi vendida ao empresário Delcir Sonda. Na venda dos dois atletas pelo valor máximo, caberiam ao Santos aproximadamente R$ 110 milhões (R$ 50 milhões referentes aos 60% dos direitos de Neymar e R$ 60 milhões aos 50% dos de Ganso). A edição de ontem do jornal A Tribuna publicou reportagem com os dados levantados pela Comissão Fiscal do Conselho Deliberativo. A dívida de R$ 177 milhões inclui o déficit de R$ 44.943.025,74 apurado no exercício de 2009, mais os R$ 42.821.829 de empréstimos bancários, além dos R$ 15.610.000 de empréstimos tomados da Universidade Santa Cecília, pertencente à família de Teixeira. A Comissão Fiscal também encontrou dívidas tributárias referentes à retenção de Imposto de Renda não repassado à Receita Federal, ao FGTS e ao INSS. O presidente Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro disse, na reunião passada do Conselho Deliberativo, que a dívida do clube é quase impagável, mas apontou um caminho para a solução. "Vamos negociar com credores para mudar o perfil da dívida, com redução dos juros e um prazo maior para que ela seja liquidada." / S.F.

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