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Duas histórias de mirins que ganharam chances

Ricardo Menezes (vôlei) e Gustavo Nunes Silva (rúgbi) foram pinçados no CEU Olímpico de Heliópolis

Foto do author Gonçalo Junior
Por Gonçalo Junior
Atualização:

Os batentes da porta da casa de Célia Menezes estão cheios de marcas de dedos. Elas foram feitas pelos filhos Ricardo e Henrique que ficam treinando a altura para bloqueio e saque nos jogos de vôlei. Essa é apenas uma das consequências de se ter atletas mirins de alto rendimento em formação dentro de casa.

Destaque das aulas de vôlei do projeto CEU Olímpico em Heliópolis, Ricardo Menezes foi selecionado para treinar no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), um dos principais espaços públicos voltados para o esporte de alto rendimento no País. Quinze competidores formados no COTP disputaram os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Entre eles, o oposto Wallace, medalha de ouro no vôlei masculino. No futebol feminino, que terminou em quarto lugar na Olimpíada, praticamente meio time treinou naqueles campos.

O oposto Wallace (centro), da seleção brasileira masculina de vôlei. Foto: Wander Roberto/CBV

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O centro teve ainda representante nos Jogos no atletismo, com Leticia Cherpe; boxe, com Joedison Teixeira de Jesus, Juan Nogueira e Andreia Bandeira; judô, com Maria Portela; e na luta olímpica, com Aline Silva e Eduard Soghomonyan.

Ricardo já é um competidor da federação paulista de vôlei na categoria sub-13. Aos 11 anos, ele se divide entre os treinos no Ibirapuera (segundas e quartas) e na maior comunidade de São Paulo (terças e quintas). E ainda tem as aulas do 6.º ano do Ensino Fundamental. O almoço é a marmita que a mãe prepara para ele comer no próprio local de treinamento. “Acho ótimo ter um atleta em casa. O CEU oferece a oportunidade de brincar e interagir com amigos e ainda engaja os melhores no esporte”, analisa Célia Menezes, que trabalhou no mercado financeiro e agora é professora.

Gustavo Nunes Silva também está se destacando depois de ter passado pelo projeto de novos talentos nos CEUs. Mas sua modalidade é o rúgbi. Após participar das oficinas oferecidas nos intervalos das aulas, ele se encantou pela modalidade. Hoje, treina no Pasteur – referências do País na modalidade, principalmente nas categorias de base. Ele joga no M17, uma espécie de categoria juvenil.

“Ele sempre nos ajudou nas aulas e é um exemplo para os alunos mais novos. Demos o suporte necessário de base para ele e logo o garoto foi para o Pasteur treinar e jogar. Gustavo adquiriu maturidade no esporte muito rapidamente, teve um grande desenvolvimento na autonomia e tomada de decisão. Ele continua no nosso projeto treinando”, informa Cleber Motizuki, analista de Esportes do CEU Heliópolis.

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