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Dunga chama Nilmar e deixa Ronaldinho Gaúcho fora da lista

Treinador anuncia lista de 23 convocados para Copa das Confederações e jogos com Paraguai e Uruguai

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Por Silvio Barsetti e RIO
Atualização:

Paciência tem limite. A de Dunga com Ronaldinho Gaúcho acabou ontem. O meia não consta da lista de 23 convocados para a disputa da Copa das Confederações e de dois jogos pelas Eliminatórias do Mundial de 2010, contra Uruguai e Paraguai. Para os compromissos, em junho, Dunga decidiu chamar o atacante Nilmar, do Internacional, e outros quatro atletas de clubes que estão na reta final da Copa do Brasil e da Libertadores. Acesse o canal das Eliminatórias e veja mais notícias da seleção O lateral Kléber, também do Inter, e os estreantes na seleção principal, o goleiro Victor (Grêmio), o volante Ramires (Cruzeiro, negociado ontem com o Benfica) e o lateral André Santos (Corinthians) vão desfalcar suas equipes após a apresentação na seleção, na segunda-feira, 1º de junho, em Teresópolis. Isso ficou claro na entrevista concedida por Dunga ontem na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio. Ele explicou que a direção da entidade orienta a comissão técnica a atender aos interesses dos clubes somente em amistosos. "Quando a convocação é para jogos oficiais a prioridade é a seleção", afirmou Dunga. "Todos vão se apresentar na mesma data e ninguém será liberado." Mesmo assim, Corinthians, Inter e Grêmio pedirão a liberação de seus jogadores. "Não sei se a gente comemora ou lamenta. Jogadores que estão disputando decisões não deviam ter sido convocados", protestou Mário Gobbi, diretor de futebol corintiano. "Vamos pedir a liberação na semifinal e, caso avancemos, na final, pois a Copa do Brasil é a nossa prioridade." Ainda a respeito de André Santos, o técnico da seleção fez questão de elogiá-lo. Disse que o lateral vinha sendo observado havia bastante tempo. Sobre Ronaldinho Gaúcho, o discurso diplomático e em tom respeitoso de Dunga não escondeu o motivo pelo qual o meia do Milan não constava da lista: está fora de forma e não joga bem há meses. "Antes, ele veio para dois jogos (com Equador e Peru). Agora o período é mais longo." A falta de regularidade de Ronaldinho tanto no clube italiano quanto na seleção determinou a decisão do técnico. "Para mim nada mudou. Sigo sendo o mesmo. Como todos os atletas, quero jogar no meu momento", disse o jogador à imprensa italiana. Dunga manteve a calma ao comentar as perguntas sobre ele. "Vamos esperar a próxima temporada e uma sequência maior de jogos dele pelo Milan." Demonstrou, no entanto, irritação com o que considerou pressão de setores da imprensa para que outro Ronaldo, o do Corinthians, estivesse na relação. "Há um mês, vocês queriam ele na seleção. Hoje, falam que não tem condições", desabafou. Depois, mostrou contrariedade com declarações recentes do técnico corintiano, Mano Menezes, de que Ronaldo não deveria voltar agora a vestir a camisa amarela. Dunga não citou o nome do treinador, mas nas entrelinhas isso ficou evidente. Ainda chegou a cometer pequeno deslize ao contar que conversou pela última vez com o "colega" quando "jogava" no Grêmio. E reparou a falha: "Quis dizer quando treinava o Grêmio." Dunga esquivou-se de comentar eventuais consequências das críticas de Ronaldo ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Na semana passada, o atleta disse que o dirigente tinha duplo caráter. "O Rodrigo (Paiva, assessor da CBF) pode responder." COLABOROU FÁBIO HECICO

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