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Dunga comemora ''a nova atitude''

Técnico diz que erros de 2006 servem de aprendizado para a equipe brasileira, que decide hoje outro título

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Por Silvio Barsetti e Luiz Antônio Prósperi
Atualização:

Polêmico às vezes, introvertido sempre, Dunga chega hoje à disputa de seu segundo título como treinador convicto de que mudou a "atitude" da seleção brasileira. Fez referência ontem por duas vezes à equipe da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, para ressaltar em seguida que os jogadores do atual grupo assimilaram sua "filosofia de trabalho". Nas conversas formais ou não com os atletas, Dunga tem enfatizado que a Copa da Alemanha precisa servir como um aprendizado. Ele sabe que sua contratação teve como um dos principais objetivos dar um choque de disciplina na seleção. Acredita que obteve sucesso. "Tento resgatar o que houve com eles em 2006, mostrando os erros e que não podem ter a postura que tiveram." Talvez, e muito provavelmente, Dunga não tenha hoje na equipe nenhum exemplo direto do que o motivou a adotar esse discurso generalizado. Segue assim a trilha deixada por uma declaração, que soou como desabafo e mea-culpa, do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, segundo o qual houve "bebedeira" entre atletas da seleção nos dias de folga ao longo da Copa de 2006 "Hoje, o grupo tem liberdade com responsabilidade, existe transparência e cada um é solidário com o outro." Vitorioso na Copa América de 2007, na Venezuela, Dunga desfruta no momento dos louros pelo primeiro lugar nas Eliminatórias do Mundial de 2010 - ainda faltam quatro jogos para o Brasil encerrar a participação nessa fase classificatória. Pouco afeito a elogios e críticas, não deixa passar uma entrevista coletiva sem dar um recado, por mais enigmático que seja identificar seu alvo. "Eu falo o que é preciso e não o que as pessoas querem", disse. "Eu me preocupo quando algumas pessoas começam a torcer pelo Brasil. Aí fico muito preocupado." Quase três anos depois de assumir o cargo, Dunga não aparenta ter dúvidas de que "nada será como antes" no grupo que o acompanhará até o Mundial da África do Sul. "Esses atletas têm comprometimento com a seleção. Está aí a postura que todos cobravam." ANDRÉ SANTOS Dezenas de e-mails, mensagens pelo celular e telefonemas recebidos todos os dias. Tudo isso dá a dimensão da expectativa de André Santos e de seus parentes e amigos para a final da Copa das Confederações, hoje, contra os EUA. "Vivo o momento mais feliz da minha vida. Pela primeira vez na seleção e já numa final", disse o lateral do Corinthians, também de olho na decisão da Copa do Brasil, quarta-feira, contra o Internacional, em Porto Alegre.

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