Ecclestone garante: crise mundial fora da Fórmula 1

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Por Londres
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As economias pelo mundo se esfarinham, mas a Fórmula 1 está imune à crise. Pelo menos na avaliação de Bernie Ecclestone, o todo-poderoso da categoria mais importante do automobilismo. O dirigente nada contra a maré de pessimismo internacional e, em entrevista publicada ontem pelo jornal Press, de Belgrado, reafirma sua confiança em uma temporada de 2009 sem maiores sobressaltos para as equipes e pilotos: "Claro que a crise afeta todos os segmentos da economia, incluindo a indústria automobilística", admitiu Ecclestone, que dirige a Formula One Management, associação que reúne as escuderias. "Mas poderemos passar ao largo", afirmou, mais como esperança. "Até onde sei, para a maioria das provas estão vendidos todos os ingressos." O otimismo de Ecclestone tem como base ainda o fato de sua entidade ter assinado contrato de patrocínio com a LG e com a DHL, multinacionais que resolveram apostar na F-1. "As empresas desse porte têm interesse de ver sua marca difundida pelo mundo todo", esclareceu Ecclestone, que sabe manejar com números. "E nada melhor do que a Fórmula 1 para que ocorra essa exposição", explicou, como bom vendedor. "Trata-se também de uma forma barata de publicidade." Ecclestone aposta na popularidade da F-1 para que o calendário de 2009 seja cumprido à risca e com lucro. Os índices de audiência, garante, se mantêm elevados no mundo todo. Para tanto, recorre até a comparação com os Jogos Olímpicos. "Perdemos só para cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada", garantiu, em referência aos Jogos de Pequim. O discurso de Ecclestone é para acalmar o mercado. A F-1 tem problemas, provocados por queda de receitas e investimentos. O GP da França foi cancelado por falta de patrocínio e a Honda anunciou, em dezembro, que sai do circo, para fazer economia.

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