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Ecomotion: Caranguejo pára competidor

Por Agencia Estado
Atualização:

O grande azarado do início do Ecomotion tem nome de tenista. André Sá, da equipe carioca Xavante Mundo Verde, foi parar na água logo após a largada, nesta segunda-feira pela manhã, em Barra Grande (BA), porque a ventania provocada por um helicóptero fez a canoa virar (fez também quebrar o mastro da bandeira da escuna da imprensa). Rebocado pela organização até o bolo de competidores para compensar o tempo perdido injustamente, o quarteto remou firme nos 32,5 km do primeiro trecho e chegou em 19.º lugar entre os 49 participantes. Ao descer da canoa, Sá ainda levou uma bela mordida de caranguejo. Antes de começar o trecho de trekking, teve de ser atendido pela equipe médica. Teve o local anestesiado e suturado. Um curativo que, segundo o médico, deveria ser suficiente para suportar os 54 km à pé (caminhada ou corrida, a critério de cada um) que os atletas tiveram pela frente. Na primeira transição da prova (de um total de 23), da canoa caiçara para o trekking, a equipe norte-americana Epinephrine liderava, seguida pela brasileira Mitsubishi Salomon Quasar Lontra. A seguir, vinham SportzHUB.com (Nova Zelândia), Sequoia Canoar MGO Arquitetura (Brasil) e Eco 2 (Brasil). Em último estavam os norte-americanos da Discovery/NEARA, que não tinham chegado à transição até o fim da tarde. Um integrante da equipe foi aconselhado por Clemar Corrêa, chefe da equipe médica, a sequer começar a prova por causa de uma inflamação forte no estômago, aparentemente causada por um pelo encravado que ele cutucou. Os médicos temem que seja necessário fazer uma drenagem de pus no local. A transição, realizada na cidadezinha de Jatimane, teve outros imprevistos: um curto circuito na rede elétrica, causado pelo toque do mastro de uma canoa na fiação, e a indignação de nativos que alugaram suas canoas para os competidores. Alguns deles reclamavam que sumiram tábuas e remos. E que não seriam reembolsados. "Você aí que é o responsável?", perguntou um deles à reportagem da Agência Estado. Mas, para a maior parte dos nativos, a transição foi motivo de alegria, graças a uma ação social promovida pela organização com crianças na escola Nossa Senhora das Graças. Depois do trekking, já encerrado por boa parte das equipes hoje de manhã, segue-se um trecho de caiaque duplo de 29 km. Um terço da prova (cerca de 150 km) será disputado na água. Depois virão 57 km de bike, terminando numa trilha que dá acesso ao Rio das Almas, onde começará o "duck" (bote inflável).

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