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Ele continua voando

O imbatível jamaicano Usain Bolt vence mais uma nos 100 m rasos

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Por Zurique
Atualização:

A condição física não era a ideal, afinal não treina como faz normalmente desde a conquista das três medalhas de ouro e a quebra de três recordes mundiais em Pequim. Mas, mesmo assim, o velocista jamaicano estabeleceu ontem no Meeting de Atletismo de Zurique o bom tempo de 9s83 para os 100 metros rasos. Na China venceu com excepcionais 9s69. "Foi uma bela marca, mas não larguei muito bem", disse Bolt. "Eu me concentrei em vencer a prova e como estou prestes a ficar resfriado, não dava para pensar em melhorar meu tempo." A exemplo da final dos 100 metros rasos na Olimpíada, Bolt não teve adversários ontem. E na pista estavam os dois atletas que conquistaram prata e bronze em Pequim. Desta vez, porém, trocaram de lugar no pódio. O norte-americano Walter Dix, bronze na China, ficou em segundo em Zurique com 9s99. Richard Thompson, de Trinidad e Tobago, prata em Pequim, acabou em terceiro, com 10s09. Bolt também administrou o ritmo nos metros finais, ainda que sua vantagem desta vez tenha sido um pouco menor que na Olimpíada. Quarta-feira, Bolt afirmou na entrevista coletiva que correria para divertir os 26 mil torcedores no estádio Letzigrund e não para, necessariamente, quebrar recordes. Com toda certeza ninguém teve do que se queixar. O jamaicano cumpriu o prometido. Dentro da raia número 5 e antes e depois da largada, com seu estilo único de se comportar, capaz de combinar espontaneidade, respeito, graça, simplicidade e carinho com os fãs. Bolt simula ajeitar o cabelo ao se ver na lente da câmara de TV, sugere estar voando depois de vencer, ao posicionar as mãos como se fossem asas, e concluiu o já esperado ritual da vitória com uma pseudo flechada no ar, sempre com elegância, beleza e originalidade, já que não há registro de reações semelhantes no atletismo. Para não se mencionar o avanço técnico de seu desempenho, o que valoriza ainda mais cada gesto desse supercampeão. Ele faz novo show, agora, dia 5, em Bruxelas. Nos 100 metros com barreiras, o cubano Dayron Robles confirmou também sua medalha de ouro, apesar da disputa duríssima com o norte-americano David Oliver, bronze em Pequim. Robles venceu com 12s97, apenas 1 milésimo melhor que Oliver. A competição de Zurique é a quinta etapa da Golden League. E quem vence as seis edições da série, cuja última etapa será na Bélgica, ganha US$ 1 milhão.

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