Em disputa acirrada, barco de Martine Grael termina em 2º lugar na In-Port Race

Veleiro holandês da Akzonobel foi superado pelo espanhol da Mapfre

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Por João Prata
Atualização:

Em uma disputa acirrada desde o início da prova, o barco espanhol da Mapfre levou a melhor sobre o veleiro holandês da Akzonobel e venceu nesta sexta-feira a In-Port Race, realizada no porto de Itajaí, no litoral de Santa Catarina. O resultado mantém os espanhóis na liderança das regatas internas da Volvo Ocean Race.

O Akzonobel conta com a participação da brasileira Martine Grael, campeã olímpica nos Jogos do Rio-2016. Mas, apesar de ter conseguido por alguns momentos assumir a liderança, no fim das contas os espanhóis encontraram o melhor vento e cruzaram a linha de chegada na ponta. A terceira colocação ficou com o barco chinês Dongfeng.

Volvo Ocean Race Foto: Twitter Volvo Ocean Race

Martine gostou da performance da equipe. "Fizemos uma largada muito boa. Ficamos muito perto da Mapfre. Na virada da boia perdemos a primeira colocação. Ao mesmo tempo também, conseguimos manter uma vantagem sobre o Dongfeng o que foi muito bom", disse ao deixar o barco.

A brasileira também falou sobre a emoção de competir com a torcida a seu favor. Centenas de torcedores acompanharam do porto de Itajaí a saída dos veleiros e, no local da prova, muitas embarcações pararam ao redor para assistir à disputa. A polícia náutica teve trabalho para conseguir afastar os curiosos para fora da área de competição. O próprio barco onde estavam os jornalistas teve a atenção chamada algumas vezes.

"Competir no meu país de origem também é muito legal. Estar aqui com o apoio da torcida é muito bom, independentemente da competição. Ainda ficamos em segundo lugar. Então está tudo ótimo", prosseguiu Martine.

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A In-Port Race contou com ventos de cerca de 15 milhas náuticas, aproximadamente 40km/h, e teve seis barcos participantes. Vale lembrar que os chineses do Sun Hung Kai/Scallywag ficaram de fora, pois realizam ajustes no barco após o acidente com o tripulante John Fisher, que caiu no mar durante a sétima etapa.

Os veleiros tinham que percorrer um circuito entre duas boias que ficam aproximadamente dois quilômetros de distância uma da outra. Foram três voltas no total. Já na largada Mapfre e Akzonobel saltaram na frente e não foram mais ameaçados pelos outros quatro oponentes. O holandês Brunel, que venceu a sétima etapa, teve uma saída ruim e na sequência optou por uma trajetória distante dos demais. Mas não deu certo.

A quarta colocação ficou com o barco da ONU, Turn the Tide on Plastic, à frente do Brunel. O dinamarquês/norte-americano do Vestas 11th Hour Racing terminou em último. O Vestas utilizou a prova mais para fazer testes, pois teve o mastro quebrado durante a sétima etapa e ainda está realizando ajustes.

A In-Port Race não vale pontuação na classificação geral da regata de volta ao mundo. Conta apenas como critério de desempate caso a competição termine com barcos empatados com o mesmo número de pontos. A largada da oitava etapa da temporada acontecerá no domingo, às 14 horas, rumo a Newport, nos Estados Unidos.

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