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Em partida nervosa, o Brasil bate Porto Rico

Vitória apertada leva o basquete masculino à semifinal

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Por Glenda Carqueijo
Atualização:

Com 25 pontos do ala/armador Marcelinho, o Brasil venceu Porto Rico ontem, por 97 a 94, pela última rodada da primeira fase do Pan-Americano. Com a vitória, o time garantiu o primeiro lugar do Grupo A (com três vitórias) e hoje, às 15 horas, disputa a semifinal contra o Uruguai. O outro jogo será entre Argentina e Porto Rico, às 10h15. Embora Brasil e Porto Rico já estivessem classificados por antecipação, o jogo foi dramático e com a definição apenas nos segundos finais. O time comandado por Lula Ferreira chegou a abrir 19 pontos de vantagem, mas relaxou no terceiro quarto, deixou os porto-riquenhos diminuírem a diferença para quatro pontos (75 a 71). "É normal, quando o time está liderando, os jogadores darem uma relaxada. Pagamos por isso", afirmou o pivô João Paulo, que marcou 14 pontos e pegou cinco rebotes. Mas não se sentiu muito à vontade na marcação. "Tive dificuldade na defesa. Na Europa, a gente tem mais contato físico. Muita coisa que fiz no jogo, lá (na Europa) seria normal", observou o jogador, que defende o Lietuvos Rytas, da Lituânia. Para o técnico Lula Ferreira, a defesa adversária foi mais agressiva no terceiro quarto e parou o ataque e a velocidade do Brasil. Ele ainda citou o ala Carmelo Lee, de Porto Rico, que também desequilibrou nesse período, ao converter cinco bolas de três pontos. "O mais importante é que não perdemos o controle emocional", explicou o treinador brasileiro. Pelo time de Porto Rico, além da mão certeira de Carmelo Lee, os destaques foram os atletas que atuam na NBA: o armador Jose Juan Barea (Dallas Mavericks), com 18 pontos, e o pivô Peter Ramos (Washington Wizards), com 12 acertos. Segundo o pivô Murilo, que não teve bom aproveitamento diante dos porto-riquenhos, com quatro pontos e cinco rebotes, "foi difícil subir na frente do Ramos". Ele se referia ao tamanho do gigante: 2,21 metros. Mesmo não pontuando como nos dois primeiros jogos, quando saiu como cestinha, Murilo ficou satisfeito com seu desempenho. "Quem tem espírito de grupo, tem de estar feliz com a vitória." Outro destaque do Brasil foi o ala Marquinhos, com 19 pontos e que se solta a cada partida - ainda se recupera de contusão na canela esquerda. Teve uma luxação ainda nos Estados Unidos, onde defende o New Orleans Hornets da NBA, e ficou seis dias parado antes de se apresentar à seleção.

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