Esperança brasileira do salto com vara embarca para Europa

Fabiana Murer, de 25 anos, tem a sexta melhor marca do ano (4,66 m) e vai disputar dois torneios importantes no continente europeu

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Por Agencia Estado
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A saltadora com vara Fabiana Murer, de 25 anos, vive mudanças radicais em sua carreira. O que no ano passado era apenas o "sonho" de disputar as principais competições do mundo, alcançar marcas expressivas, figurar no topo do ranking mundial e dividir a mesa na hora do almoço com a recordista mundial, a russa Yelena Isinbayeva, virou realidade para a brasileira, que embarca nesta terça-feira para a Europa. "Eu tinha esse objetivo, mas no ano passado ele parecia um pouco distante, um sonho. Mas, felizmente, e em conseqüência de um bom treino, uma boa técnica, os resultados vieram. Até o Mundial, em 2005, eu conhecia as minhas adversárias pela internet - acompanhava a prova. Hoje sento à mesa com elas, converso, aprendo", resume Fabiana. As próximas competições da saltadora são a Final Mundial do Atletismo, neste final de semana, em Stuttgart, na Alemanha, e a Copa do Mundo - vai integrar a seleção das Américas, juntamente com o triplista Jadel Gregório - dias 16 e 17, no Estádio Olímpico de Atenas, na Grécia. E depois o Troféu Brasil, em São Paulo, de 21 a 24, saltando "para a família, os amigos e o público brasileiro". "Nós planejamos a temporada visando a Copa do Mundo. Achava que seria muito difícil ela estar entre as oito melhores para ir à Final Mundial. Além de um bom resultado, ela teria de competir na Europa, nos grandes meetings, o que não era fácil", observa o técnico Élson Miranda. Mas logo no início da temporada, em maio, quando Fabiana bateu o recorde sul-americano (4,56 m) no Grand Prix de Belém (PA), tudo começou a mudar. Passou a ser convidada para os GPs internacionais como Paris (saltou 4,51 m e foi 7ª), Lausane (4,40 m, 8ª), Madri (4,30 m, 8ª) e finalmente Mônaco, quando bateu em dez centímetros o seu recorde, com um salto de 4,66 m, para ganhar o ouro, e em Bruxelas, quando voltou a igualar o recorde, com a medalha de prata. "Agora ela tem chances reais nessas competições. Posso dizer que 2006 marcou a entrada da Fabiana no circuito", assinala Élson. O técnico define Fabiana como dona de uma boa técnica no salto, mas acha que ainda pode evoluir na velocidade e força que a prova exige. Fabiana tem a sexta melhor performance do ano entre as saltadoras, atrás da russa Yelena Isinbayeva, a recordista mundial da prova, das polonesas Monilka Pyrek e Anna Rogowska, da francesa Vanessa Boslak e da russa Svetlana Feafanova. E o quinto lugar no ranking, por pontos.

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