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Esquema de segurança vai envolver 300 policiais

São-paulinos da capital serão escoltados durante todo o trajeto até a Vila. PM fechará ruas próximas ao estádio às 7 horas

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Por Ana Paula Garrido
Atualização:

O último clássico do Campeonato Paulista terá casa cheia na Vila Belmiro. Praticamente todos os 15.900 ingressos colocados à venda para a torcida do Santos e os 600 destinados à do São Paulo esgotaram-se ontem. Assim como no primeiro confronto, realizado no Morumbi com vitória santista por 3 a 2, os visitantes tiveram direito a no máximo 5% dos assentos. Segundo o promotor Paulo Castilho, responsável pelo combate à violência no futebol paulista, a redução da cota promove a paz nos estádios. "No outro jogo não houve nenhuma ocorrência, por causa da pequena torcida visitante. Garanto que não acontecerá nada neste domingo (hoje) também", afirmou.O capitão da Polícia Militar Eli Fraga do Rêgo, coordenador da operação de segurança do clássico de hoje, no entanto, apresenta ressalvas a tal garantia. Para ocorrer um tumulto, segundo ele, não precisa de muita gente. "Bastam 20 torcedores dispostos a brigar para começar uma confusão", disse.Para evitar tal situação, o esquema de segurança envolverá ao todo 300 policiais, entre eles integrantes da cavalaria e equipe aérea, todos focados no interior e entorno do estádio. Como as ruas em volta da Vila Belmiro são estreitas, o trabalho da PM começa às 7h, com o isolamento das vias próximas ao local da partida e o controle do acesso - somente moradores e torcedores com ingresso na mão poderão transitar na região. "Isso já evita qualquer tumulto na porta do estádio", explicou o capitão da PM.Escolta. Os torcedores do São Paulo têm escolta garantida por todo o trajeto até o estádio da Vila Belmiro. Na saída da capital, o suporte será feito pelo 2º Batalhão de Choque, que segue o comboio até a Rodovia dos Imigrantes, onde os ônibus passarão para o comando da Polícia Rodoviária.Ao chegar na Baixada Santista, os são-paulinos serão recebidos pelo 6º Batalhão de Polícia Militar do Interior, que os acompanhará até a entrada no estádio, por meio do portão 21. O acesso reservado aos visitantes será isolado com tapume, para evitar qualquer contato visual entre as torcidas rivais.Torcida única. A redução das vagas para os visitantes surge como uma tendência para as partidas de rivalidade acirrada. Cenário que pode evoluir para a criação da torcida única, segundo Paulo Castilho. "Planejamos ter torcida única em disputas entre equipes com histórico violento, como Vasco e Corinthians, por exemplo", explicou. "Seria uma medida emergencial e transitória", completa.Já para as partidas da final do Campeonato Paulista, a divisão das arquibancadas ainda não foi definida. Como envolverá um clube grande e uma equipe do interior, teme-se que um dos times com mando de campo não ocupe totalmente o estádio, caso se mantenha a cota de 5% ao visitante. "Vai depender de quem chegar lá e o local dos jogos", disse Castilho.

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