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Estrela italiana ''dribla'' a febre e brilha na vitória dos 400 m livre

Por Valeria Zukeran e ROMA
Atualização:

O fardo de sustentar sobre os ombros as esperanças de um país é pesado. A italiana Federica Pellegrini sentiu no corpo os efeitos dessa responsabilidade. A torcida que vibrava nas arquibancadas e via a nadadora vencer a prova dos 400 m livre do Mundial de Roma, com recorde mundial, 3min59s15, mal tinha noção dos problemas que ela enfrentou antes de subir no bloco de partida. "Eu me senti muito mal e depois das eliminatórias fui para o hotel", contou. "Estava com febre. Fiquei enrolada em um cobertor (ontem a temperatura em Roma era superior a 35°C), com o corpo todo doendo." O mal-estar fez com que a italiana, apelidada pela torcida de Fede (diminutivo do seu nome, mas que também significa "fé"), chorase, achando que não iria ter forças para disputar a final. "Meu técnico (Alberto Castagnetti) falou que, se entrasse na piscina, me sentiria melhor. Foi o que aconteceu", relatou. "Acho que o que senti foi resultado do stress antes da prova."As britânicas Joanne Jackson e Rebecca Adlington ficaram em 2º e 3º, respectivamente. RECORDE SEM QUERER Além de Federica Pellegrini, o Mundial viu a quebra de outros três recordes mundiais. A americana Ariana Kukors esmigalhou a marca dos 200 m medley com 2min07s03. O tempo anterior era de Stephanie Rice (2min08s45). "Foi sem querer. Estou chocada." Os outros recordes do dia foram obtidos pelo alemão Paul Biedermann, na conquista da medalha de ouro dos 400 m livre, 3min40s07, e por Sara Sjostrom - a sueca de 15 anos bateu a marca mais antiga do mundo (inatingível desde 2000), nas semifinais nos 100 m borboleta: 56s44.

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