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Etapa portuguesa do Circuito Mundial de Surfe pode ter baterias em Nazaré

Organização define cinco palanques para a disputa, incluindo a praia do Norte, famosa pelas grandes ondas

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Por Paulo Favero
Atualização:

A etapa portuguesa do Circuito Mundial de Surfe, o Meo Rip Curl Pro Portugal, que começa na terça-feira em Peniche e vai até o dia 29, terá uma grande novidade para esta edição: a possibilidade da disputa ir parar na praia do Norte, em Nazaré, local que ficou famoso pela formação de grandes ondas surfadas por Carlos Burle, Pedro Scooby, Maya Gabeira e Garrett McNamara, entre outros.

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Claro que os surfistas da elite não entrarão no mar no exato local onde se formam as ondas gigantes, por causa de um cânion subterrâneo, mas em uma praia bem ao lado que possibilita ondas de bons tamanhos e muitas vezes tubulares. “Haverá um palanque alternativo do campeonato e, se as condições estiverem boas, a competição será lá”, diz Carlos Burle, que já está em Portugal para acompanhar de perto a competição e aproveitar a temporada de ondas grandes na região.

Ele explica que geralmente a ondulação é maior em Nazaré do que no palco oficial da competição, em Supertubos. “Se tem meio metro de onda em Peniche, em Nazaré pode chegar a dois metros”, afirma Burle. Com isso, a praia que ficou famosa pelas ondas gigantes entra oficialmente no Circuito e poderá ser usada pelos 32 competidores na décima etapa, a penúltima do ano.

  Foto: MÁRCIO FERNANDES | ESTADÃO CONTEÚDO

Segundo Renato Hickel, diretor da WSL (Liga Mundial de Surfe), não é só Nazaré que está no radar. “Nosso palanque principal é Supertubos, mas também poderemos ter competição em Belgas, com dois picos, Fabril e da Mota, em Piscinas, que é uma outra praia, e em uma boca de rio que dá onda muito boa, chamada de River Mouth, na Foz do Arelho, tanto do lado esquerdo e quanto do direito.”

Ele também fala da expectativa de ter a etapa em Nazaré. “Fora todas essas possibilidades, se a região não estiver com muita ondulação, a gente sabe que Nazaré pode ter seis a oito pés de onda, na região de fundo de areia. É uma onda potente, tubular, que abre para esquerda e direita, muito semelhantes às boas ondas do Havaí. Mas já aviso que não vamos colocar os surfistas nas ondas gigantes de Nazaré, que é ali ao lado”, explica.

Para lidar com cinco locais diferentes, a organização teve de pensar na logística da etapa. Apesar de existir a possibilidade de disputas longe de Supertubos, apenas nesta praia haverá uma estrutura oficial montada. Segundo Hickel, nas outras opções não haverá nada feito com antecedência. “Nós temos caminhões com geradores e com torre de juízes. Ele é móvel e vamos com uma área enxuta”, diz.

Ele lembra que existe um gasto a mais para a realização da etapa principalmente por causa das conectividade. Como a WSL transmite todas suas competições pela Internet, é imprescindível que isso funcione.

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Além de Gabriel Medina, a etapa terá ainda outros nove brasileiros: Filipe Toledo, Adriano de Souza, Italo Ferreira, Miguel Pupo, Jadson André, Wiggolly Dantas, Caio Ibelli, Alejo Muniz e Alex Ribeiro.

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