Pierre Carter, de 55 anos, fez história na última semana. O parapentista sul-africano se tornou a primeira pessoa a saltar legalmente de um ponto próximo ao pico do Everest, a maior montanha do planeta. A altura do feito, segundo o organizador da expedição, foi de quase 8 mil metros.
Carter voou por 20 minutos até alcançar o pequeno vilarejo de Gorakshep, localizado a 5.164 metros. A ideia inicial era saltar do topo do Everest, a 8.849 metros, mas as condições climáticas o fizeram desistir.
"Quanto mais alto você está, mais difícil é decolar, porque a pressão do ar é mais importante e a asa não voa com tanta facilidade", explicou Peter Carter à AFP. "Foi um belo voo. Primeiro acima das nuvens e depois através das nuvens e para baixo", completou, entusiasmado.
O feito de Carter pode abrir as portas para novas expedições na montanha, segundo Dawa Steven Sherpa, da Asian Trekkin, empresa de expedições do Nepal. "Essa é a primeira vez que o Nepal concede permissão de voo para suas montanhas". Ainda, de acordo com Sherpa, o feito pode inspirar novos alpinistas a se aventurarem na próxima temporada.
A partir de agora, as autoridades nepalesas, ao que tudo indica, estão dispostas a permitirem novos voos do pico do Himalaia. Antes de Carter, apenas três saltos haviam sido registrados, sem autorização do governo. O primeiro foi o alpinista e piloto francês Jean-Marc Boivin, que desceu o cume de parapente em 1988. Em 2001, um casal francês o imitou como dupla, algo repetido 10 anos depois por dois alpinistas nepaleses.