Falta de ritmo deixa Federer preocupado

Recuperado de virose, suíço lamenta não ter feito um jogo antes da estréia

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Por Chiquinho Leite Moreira
Atualização:

Com suas iniciais, RF, gravadas de forma estilizada no boné, Roger Federer fez sua primeira aparição em público no Aberto da Austrália ontem para a tradicional entrevista do campeão. Em busca do 4º título em Melbourne Park e o 13º troféu de Grand Slam, o número 1 do mundo garantiu estar 100% recuperado de uma recente virose, mas não disfarçou uma certa preocupação com a falta de ritmo. Faz seu primeiro jogo do ano amanhã diante do argentino Diego Hartfield, número 107 do ranking. "Estou fisicamente muito bem, posso dizer que 100% recuperado", disse o suíço. "Mas não há dúvidas que tive uma preparação diferente. É a primeira vez que chego a um Grand Slam sem ter feito nenhuma partida antes." A performance de Roger Federer em torneios do Grand Slam é invejável. Ganhou 12 dos 18 que disputou e parte em busca da 10ª final consecutiva em uma competição desse porte. Aos 26 anos, está a apenas dois troféus do recorde de Pete Sampras de 14 títulos da categoria. É o numero 1 do mundo desde 4 de fevereiro de 2004, quando ganhou pela primeira vez o Aberto da Austrália. Só pode perder essa condição se o vice-líder Rafael Nadal for campeão este ano, e Federer cair antes das semifinais. Confiante, Federer assumiu a responsabilidade de favorito e vê boas perspectivas de repetir uma grande campanha, apesar da mudança no piso das quadras de Melbourne Park. "Acho que a superfície ficou um pouco mais lenta. Gostei também da alteração da cor de verde para azul, é mais simpática. Só espero que os organizadores não mudem mais o piso e fiquem assim por 50 anos. Afinal, imaginem se Roland Garros resolvesse mudar o saibro de seu torneio, repentinamente, tudo poderia mudar." Apesar da leve crítica, Federer revelou-se simpático aos australianos ao considerar que o Aberto da Austrália não deve jamais perder seu status de Grand Slam. Existe uma corrente tentando levar o torneio para a Ásia, mais especificamente para China, enquanto também os espanhóis gostariam de ter um Slam. "Este é um torneio muito tradicional, com muitas histórias", afirmou Federer. "Além disso, as companhias de aviação estão muito mais modernas e os vôos para a Austrália estão muito mais confortáveis", disse o tenista suíço.

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